Inatividade física em pessoas com diabetes em áreas rurais de baixa renda e fatores associados: resultados do Amazonas
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.30e0399Palavras-chave:
Atividade física, Diabetes mellitus tipo 2, Atenção Primária à Saúde, Áreas ruraisResumo
A atividade física (AF) é crucial para o manejo do diabetes mellitus tipo 2 (DM2), mas há escassez de pesquisas sobre a adesão às diretrizes de AF, nível de AF e fatores associados em pacientes com DM2 que vivem em áreas remotas. Objetivos: Investigar a adesão à atividade física, descrever o nível de AF e identificar fatores associados a ele entre pacientes com DM2 atendidos na atenção primária à saúde no Amazonas, Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo. Os dados foram coletados entre 2020 e 2023, com pacientes de unidades de atenção primária à saúde na zona rural do Amazonas. O nível AF foi avaliado por meio do Questionário Internacional de Atividade Física, juntamente com questionários adicionais sobre variáveis sociodemográficas e clínicas. Um nível de significância de 5% foi aplicado em todas as análises. Resultados: O estudo incluiu 965 participantes, dos quais 67,7% foram classificados como não ativos e 80,5% não atingiram as recomendações de AF. Fatores positivamente associados com maior nível de AF incluíram ter ≥8 anos de educação (OR = 1,80; IC 95%: 1,31 - 2,48), índice de massa corporal ≥30 kg/m² (OR = 1,50; IC 95%: 1,04 -2 ,17), adesão aos medicamentos prescritos (OR = 1,71; IC 95%: 1,15 - 2,54), receber orientação sobre atividade física (OR = 1,98; IC 95%: 1,49 - 2,64) e uma autopercepção positiva de saúde (OR = 1,41; IC 95%: 1,00 - 1,98). Conclusão: Melhor nível de AF foi associado com maior educação, obesidade, adesão à medicação, orientação em AF e percepções positivas de saúde. Esses achados ressaltam a importância de abordar múltiplos fatores para promover AF entre pacientes com DM2 na área rural do Amazonas.
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