Distribuição e qualidade de espaços públicos para atividade física de lazer em uma capital do Brasil

Autores/as

  • Paula Agrizzi Borges Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Nutrição, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-5765-1881
  • Juliana Ilídio da Silva Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Saúde Coletiva, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-0604-6662
  • Thalia Eloisa Pereira Sousa Dourado Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Nutrição, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-5022-5011
  • Dário Alves da Silva Costa Universidade Federal de Minas Gerais, Observatório de Saúde Urbana, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5959-0370
  • Solimar Carnavalli Rocha Universidade Federal de Minas Gerais, Observatório de Saúde Urbana, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4822-1617
  • Aline Dayrell Ferreira Sales Universidade Federal de Minas Gerais, Departamento de Medicina Preventiva e Social, Faculdade de Medicina, Observatório de Saúde Urbana, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7848-6835
  • Waleska Teixeira Caiaffa Universidade Federal de Minas Gerais, Departamento de Medicina Preventiva e Social, Faculdade de Medicina, Observatório de Saúde Urbana, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-5043-4980
  • Amanda Cristina de Souza Andrade Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Saúde Coletiva, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-3366-4423

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.28e0304

Palabras clave:

Ambiente construído, Observação, Atividade física, Atividades de lazer, Saúde urbana

Resumen

As características físicas do ambiente podem contribuir na promoção da saúde, principalmente a disponibilidade e qualidade dos espaços públicos de lazer. O presente estudo tem como objetivo analisar a distribuição e a qualidade dos equipamentos para atividade física de lazer em uma capital brasileira. Foram avaliados 27 espaços públicos, incluindo parques, praças e canteiros habitáveis disponíveis no raio de 1.000 metros de três polos do Programa Academia da Saúde (PAS) no município de Belo Horizonte. Em 2019, os equipamentos foram auditados por meio da aplicação da versão adaptada do Physical Activity Resource Assessment (PARA), que avalia a existência, qualidade, segurança, limpeza e estética dos equipamentos. Frequências absolutas e relativas foram calculadas. Dos 27 locais avaliados, 22,2% eram parques (n = 6), 70,4% praças (n = 19) e 7,4% canteiros habitáveis (n = 2). Quadras de vôlei e campos de futebol foram os equipamentos mais identificados nos parques, presentes em todos os locais analisados, enquanto academias e estações de exercício ao ar livre foram os mais comuns nas praças (89,5%; 52,9%, respectivamente). Quanto aos canteiros habitáveis, apresentaram apenas quadras de vôlei/campos de futebol. Com relação à limpeza e estética, as maiores proporções foram pichações (74,1%), lixo espalhado/sujeira (74,1%), grama alta (44,4%) e sinais de vandalismo e sujeira de animais (37,0%). A pequena diversidade e qualidade ruim dos equipamentos, e as características inadequadas de limpeza e estética dos espaços de lazer no qual se encontram, podem impedir ou dificultar o uso dos mesmos para a prática de atividade física, demonstrando assim, a necessidade de investimentos mais expressivos nesses locais.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Silva MC, Silva AB, Amorim TEC. Condições de espaços públicos destinados a prática de atividades Físicas na cidade de Pelotas/RS/Brasil. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2012;17(1):28-32. DOI: https://doi.org/10.12820/rbafs.v.17n1p28-32

Silva I, Mielke G, Nunes B, Böhm A, Blanke A, Nachtigall M, et al. Espaços públicos de lazer: distribuição, qualidade e adequação à prática de atividade física. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2015;20(1):82-92. DOI: https://doi.org/10.12820/rbafs.v.20n1p82

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional. Movimento é Vida: Atividades Físicas e Esportivas para Todas as Pessoas. Brasília: PNUD; 2017. Disponível em: <http://www.each.usp.br/gepaf/wp-content/uploads/2017/10/PNUD_RNDH_completo.pdf> [2022 Novembro].

Lee ACK, Jordan HC, Horsley J. Value of urban green spaces in promoting healthy living and wellbeing: prospects for planning. Risk Manag Healthc Policy. 2015;8:131-7. DOI: https://doi.org/10.2147/RMHP.S61654

Sallis JF, Spoon C, Cavill N, Engelberg JK, Gebel K, Parker M, et al. Co-benefits of designing communities for active living: an exploration of literature. Int J Behav Nutr Phys Act. 2015;12(30):1-10. DOI: https://doi.org/10.1186/s12966-015-0188-2

Larson LR, Jennings V, Cloutier AS. Public Parks and Wellbeing in Urban Areas of the United States. PLoS ONE. 2016;11(4):e0153211. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0153211

Florindo AA, Barrozo LV, Cabral-Miranda W, Rodrigues EQ, Turrell G, Goldbaum M, et al. Public open spaces and leisure-time walking in Brazilian adults. Int J Environ Res Public Health. 2017;14(6):553. DOI: https://doi.org/10.3390/ijerph14060553

Hino AAF, Rech CR, Gonçalves PB, Reis RS. Acessibilidade a espaços públicos de lazer e atividade física em adultos de Curitiba, Paraná, Brasil. Cad Saúde Publica. 2019;35(12):e00020719. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311x00020719

Douglas JA, Briones MD, Bauer EZ, Trujillo M, Lopez M, Subica AM. Social and environmental determinants of physical activity in urban parks: Testing a neighborhood disorder model. Prev Med. 2018;109:119-24. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ypmed.2018.01.013

Zhang R, Wulff H, Duan Y, Wagner P. Associations between the physical environment and park-based physical activity: a systematic review. J Sport Health Sci. 2019;8(5):412-21. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jshs.2018.11.002

Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL). VIGITEL Brasil 2021. Brasília: Ministério da Saúde; 2022. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigitel/vigitel-brasil-2021-estimativas-sobre-frequencia-e-distribuicao-sociodemografica-de-fatores-de-risco-e-protecao-para-doencas-cronicas> [2023 Março].

Manta SW, Lopes AADS, Hino AAF, Benedetti TRB, Rech CR. Open public spaces and physical activity facilities: study of systematic observation of the environment. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2018;20(5):445-55. DOI: https://doi.org/10.5007/1980-0037.2018v20n5p445

Giles-Corti B, Vernez-Moudon A, Reis R, Turrell G, Dannenberg AL, Badland H, et al. City planning and population health: a global challenge. Lancet. 2016;388(10062):2912-24. DOI: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(16)30066-6

World Health Organization (WHO). Global action plan on physical activity 2018–2030: more active people for a healthier world. Geneva: WHO; 2018. Disponível em:

<https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/272722/9789241514187-eng.pdf> [2022 Novembro].

Crochemore-Silva I, Knuth AG, Mielke GI, Loch MR. Promoção de atividade física e as políticas públicas no combate às desigualdades: reflexões a partir da Lei dos Cuidados Inversos e Hipótese da Equidade Inversa. Cad Saúde Pública. 2020;36(6):e00155119. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311x00155119

Hino AAF, Reis RS, Florindo AA. Ambiente construído e atividade física: uma breve revisão dos métodos de avaliação. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2010;12(5):387-94. DOI: https://doi.org/10.5007/1980-0037.2010v12n5p387

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE; 2010. Disponível em: < https://censo2010.ibge.gov.br/> [2022 Novembro].

Fernandes AP, Andrade ACDS, Costa DADS, Dias MADS, Malta DC, Caiaffa WT. Health Academies Program and the promotion of physical activity in the city: the experience of Belo Horizonte, Minas Gerais state, Brazil. Cien Saúde Colet. 2017;22(12):3903–14. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-812320172212.25282017

Malta D, Silva M, Albuquerque G, Amorim R, Rodrigues G, Silva T, et al. Política Nacional de Promoção da Saúde, descrição da implementação do eixo atividade física e práticas corporais, 2006 a 2014. Rev Bras Ativ Fis Saúde. 2014;19(3):286-99. DOI: https://doi.org/10.12820/rbafs.v.19n3p286

Silva K. A distribuição dos espaços públicos em Belo Horizonte: uma análise sob a ótica do direito à cidade e do planejamento urbano. Rev Direito Cidade. 2017;9(4):1586-605. DOI: https://doi.org/10.12957/rdc.2017.29263

BRASIL. Fundação de parques municipais e zoobotânica. Belo Horizonte: Prefeitura de Belo Horizonte; 2021. Disponível em: <https://prefeitura.pbh.gov.br/fundacao-de-parques-e-zoobotanica> [2022 Novembro].

BRASIL. Infraestrutura esportiva. Belo Horizonte: Prefeitura de Belo Horizonte; 2022. Disponível em: <https://prefeitura.pbh.gov.br/esportes-e-lazer/infraestrutura-esportiva> [2022 Novembro].

Abade NSN, Pereira BA. Análise de uma Política Pública de Lazer a partir da Implementação e Gestão do Programa Academia a Céu Aberto da Cidade de Belo Horizonte/MG. Licere. 2021;24(1):510–49. DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2021.32471

Mendonça RD, Lopes MS, Carvalho MCR, Freitas PP, Lopes ACS. Adherence to healthy lifestyles in the Programa Academia da Saúde. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2020;25:1-9. DOI: https://doi.org/10.12820/rbafs.25e0127

Fermino RC, Reis RS, Hallal PC, Farias Júnior JC. Perceived environment and public open space use: a study with adults from Curitiba, Brazil. Int J Behav Nutr Phys Act. 2013;10(35):1-10. DOI: https://doi.org/10.1186/1479-5868-10-35

Silva IJO, Alexandre MG, Ravagnani FCP, Silva JVP, Coelho-Ravagnani CF. Atividade física: espaços e condições ambientais para sua prática em uma capital brasileira. Rev Bras Cienc Mov. 2014;22(3):53-62. DOI: https://doi.org/10.18511/0103-1716/rbcm.v22n3p53-62

Radicchi M, Santos J, Carneiro D, Reis Júnior M, Anselmo J. Descrição dos espaços esportivos de lazer e educação na cidade de Parintins, Amazonas. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2016;20(6):626. DOI: https://doi.org/10.12820/rbafs.v.20n6p626

Aguiar JB, Nascimento INM, Melo MA, Freire AKU, Saraiva LC, Santos ALB, et al. Espaços públicos de lazer de uma capital brasileira: avaliação da qualidade e uso para a prática de atividade física. Licere. 2019;22(4):317-39. DOI: https://doi.org/10.35699/1981-3171.2019.16271

Fermino RC, Reis RS. Variáveis individuais, ambientais e sociais associadas com o uso de espaços públicos abertos para a prática de atividade física: uma revisão sistemática. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2013;18(5):523. DOI: https://doi.org/10.12820/rbafs.v.18n5p523

Carvalho IB, Gosling MS. Percepções e experiências do usuário no Parque Municipal de Belo Horizonte: estrutura, uso e manutenção. RBEcotur. 2019;12(1):101-21. DOI: https://doi.org/10.34024/rbecotur.2019.v12.6665

Publicado

2023-07-27

Cómo citar

1.
Borges PA, Silva JI da, Dourado TEPS, Costa DA da S, Rocha SC, Sales ADF, et al. Distribuição e qualidade de espaços públicos para atividade física de lazer em uma capital do Brasil. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 27 de julio de 2023 [citado 3 de julio de 2024];28:1-9. Disponible en: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/15047

Número

Sección

Artículo original