Espaços públicos de lazer: distribuição, qualidade e adequação à prática de atividade física
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.v.20n1p82Palavras-chave:
Atividade motora, Atividades de lazer, Áreas verdes, Estudo observacionalResumo
Os espaços públicos de lazer representam uma alternativa de ampliação e democratização do acesso a locais propícios para prática de atividade física. O objetivo do estudo foi descrever os espaços públicos de lazer em termos quanti e qualitativos, assim como sua adequação para a prática de atividades físicas e distribuição na cidade. Foi realizado um estudo observacional descritivo, realizado na zona urbana do município de Pelotas/RS. Aspectos de conforto, estética e adequação à prática de atividades físicas foram avaliados por meio do instrumento Physical Activity Resource Assessment (PARA) em praças, parques e canteiros habitáveis. Informações sobre renda e densidade populacional dos setores censitários foram baseadas no censo demográfico de 2010. Foram identificadas 110 praças e oito parques. Mais deles (57,6%) apresentam algum atributo para prática de atividade física, enquanto nos canteiros este percentual foi de 44,8%. Espaços para prática de futebol e parquinhos foram as estruturas mais comuns em praças/parques (47,5% e 43,2%, respectivamente), enquanto pistas/trilhas de caminhada foram as mais comuns nos canteiros (43,3%). Em geral, 45,7% das estruturas apresentaram boa qualidade. Quanto maior a média de renda domiciliar dos setores censitários, maior o número de espaços de lazer (r = 0,31) e uma relação inversa foi encontrada com densidade populacional dos setores censitários (r = -0,32). Assim, evidenciou-se iniquidades socioeconômicas e demográficas na distribuição dos espaços públicos de lazer, bem como uma pequena diversidade das estruturas para a prática de atividade física e a necessidade de (re)qualificação dos espaços públicos já existentes.
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