Fatores relacionados ao suporte social para atividade física de estudantes em uma perspectiva de rede

Autores

  • Naildo Santos Silva Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6585-5307
  • Júlio Brugnara Mello Pontificia Universidad Católica de Valparaíso, Escuela de Educación Física, Grupo de Investigación EfiDac, Valparaíso, Chile. https://orcid.org/0000-0002-3013-1760
  • Paulo Felipe Ribeiro Bandeira Universidade Regional do Cariri, Departamento de Educação Física, Crato, Ceará, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-8260-0189
  • Jorge Mota Universidade do Porto, Faculdade de Desportos, Porto, Portugal. https://orcid.org/0000-0001-7571-9181
  • Adroaldo Cezar Araújo Gaya Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5941-5089
  • Anelise Reis Gaya Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-8335-6947

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.28e0297

Palavras-chave:

Atividade física, Promoção da saúde, Apoio social percebido, Assistência social, Criança

Resumo

Este estudo investiga a relação entre suporte social e atividade física moderada-vigorosa, bem como as possíveis relações entre suporte social e nível socioeconômico, gênero e índice de massa corporal. Estudo transversal com amostra não randomizada de 71 escolares (meninos e meninas) de 7 a 12 anos e seus pais ou responsáveis. Apoio social e nível socioeconômico foram avaliados por meio de questionários validados. Medidas de altura e massa corporal foram usadas para a equação do índice de massa corporal. Atividade física moderada- vigorosa foi medida por acelerômetros. As associações entre todas as variáveis foram testadas por uma análise de rede. A atividade física moderada a vigorosa está negativamente correlacionada com o nível socioeconômico, índice de massa corporal e uma questão do questionário de apoio social: “Quantas vezes na última semana você observou seu filho ser fisicamente ativo?”. Observou-se correlação positiva entre atividade física moderada-vigorosa com o gênero e uma questão do questionário de apoio social: “Quantas vezes na última semana você forneceu transporte para a atividade física de seu filho?”. Assim, a atividade física moderada vigorosa tem correlação negativa com o nível socioeconômico, índice de massa corporal e a variável “os pais às vezes observam que seu filho é fisicamente ativo”, e pais que fornecem transporte para a criança praticar atividade física. No futuro, é importante considerar a análise de rede nos estudos de intervenção para promover a atividade física em adolescentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Júlio Brugnara Mello, Pontificia Universidad Católica de Valparaíso, Escuela de Educación Física, Grupo de Investigación EfiDac, Valparaíso, Chile.

Professor de Educação Física (Unipampa, 2014), mestre e doutor em Ciências do Movimento Humano (UFRGS, 2014 e 2020). Professor na Faculdade SOGIPA (Porto Alegre, Brasil). Docente das disciplinas Exercício Físico para Crianças e Jovens, Detecção de Talentos Esportivos e Anatomia Funcional. Membro do Grupo de Pesquisa Projeto Esporte Brasil e da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde. Seus trabalhos de pesquisa e extensão têm ênfase nas áreas da prescrição da atividade física e exercício físico para crianças, educação física escolar e promoção da saúde, atividade física e saúde, treinamento esportivo na infância e adolescência e os efeitos para a saúde do exercício e atividade física na infância.

Referências

Bull FC, Al-Ansari SS, Biddle S, Borodulin K, Buman M, et al. World Health Organization 2020 guidelines on physical activity and sedentary behaviour. B J sports medicine. 2020;54(24),1451–62.

Aubert S, Barnes JD, Abdeta C, Abi Nader P, Adeniyi AF, Aguilar-Farias N, et al. Global Matrix 3.0 Physical activity report card grades for children and youth: results and analysis from 49 countries. J Phys Act Heal. 2018;15(s2):S251–73.

Pugliese J, Tinsley B. Parental socialization of child and adolescent physical activity: A meta-analysis. J Fam Psychol. 2007;21(3):331–43.

Edwardson CL, Gorely T. Parental influences on different types and intensities of physical activity in youth: A systematic review. Psychol Sport Exerc. 2010;11(6):522–35.

Sallis JF, Cervero RB, Ascher W, Henderson KA, Kraft MK, Kerr J. AN Ecological approach to creating active living communities. Annu Rev Public Health. 2006;27(1):297–322.

Seabra AC, Seabra AF, Mendonca DM, Brustad R, Maia JA, Fonseca AM, et al. Psychosocial correlates of physical activity in school children aged 8-10 years. Eur J Public Health. 2013;23(5):794–8.

Davison K, Lawson CT, Trost S, Kerr L, Ward D, Pate R, et al. Do attributes in the physical environment influence children’s physical activity? A review of the literature. Int J Behav Nutr Phys Act. 2006;3(1):19.

Xu H, Wen L, Rissel C. Associations of parental influences with physical activity and screen time among young children: a systematic review. J Obes. 2015;2015.

Matsudo VKR, Ferrari GL de M, Araújo TL, Oliveira LC, Mire E, Barreira T V., et al. Indicadores de nível socioeconômico, atividade física e sobrepeso/obesidade em crianças brasileiras. Rev Paul Pediatr. 2016;34(2):162–70.

Cooper AR, Goodman A, Page AS, Sherar LB, Esliger DW, van Sluijs EM, et al. Objectively measured physical activity and sedentary time in youth: the International children’s accelerometry database (ICAD). Int J Behav Nutr Phys Act. 2015;12(1):113.

Sallis JF, Taylor WC, Dowda M, Freedson PS, Pate RR. Correlates of vigorous physical activity for children in grades 1 through 12: comparing parent-reported and objectively measured physical activity. Pediatr Exerc Sci. 2002 Feb;14(1):30–44.

Hevey D. Network analysis: a brief overview and tutorial. Heal Psychol Behav Med. 2018;6(1):301–28.

Caldarelli G. A perspective on complexity and networks science. J Phys Complex. 2020;1(2):021001.

Schmittmann VD, Cramer AOJ, Waldorp LJ, Epskamp S, Kievit RA, Borsboom D. Deconstructing the construct: A network perspective on psychological phenomena. New Ideas Psychol. 2013;31(1):43–53.

McGlashan J, Johnstone M, Creighton D, de la Haye K, Allender S. Quantifying a systems map: network analysis of a childhood obesity causal loop diagram. Song H, editor. PLoS One. 2016;11(10):e0165459.

Fried EI, van Borkulo CD, Cramer AOJ, Boschloo L, Schoevers RA, Borsboom D. Mental disorders as networks of problems: a review of recent insights. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol. 2017;52(1):1–10.

Trost SG, Sallis JF, Pate RR, Freedson PS, Taylor WC, Dowda M. Evaluating a model of parental influence on youth physical activity. Am J Prev Med. 2003;25(4):277–82.

Valentini F, Damásio BF. Variância média extraída e confiabilidade composta: indicadores de precisão. Psicol Teor e Pesqui. 2016;32(2):1–7.

Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa - ABEP. Critério de classificação econômica Brasil. 2015;1–6.

Cole TJ, Bellizzi MC, Flegal KM, Dietz WH. and obesity worldwide: international survey. 2000;(table 1):1–6.

Evenson KR, Catellier DJ, Gill K, Ondrak KS, McMurray RG. Calibration of two objective measures of physical activity for children. J Sports Sci. 2008;26(14):1557–65.

Friedman J, Hastie T, Tibshirani R. Sparse inverse covariance estimation with the graphical lasso. Biostatistics. 2008;9(3):432–41.

Foygel R, Drton M. Extended Bayesian information criteria for Gaussian graphical models. Adv Neural Inf Process Syst 23 24th Annu Conf Neural Inf Process Syst 2010, NIPS 2010. 2010;1–9.

Epskamp S. Network visualizations of relationships in psychometric data and structural equation models. 2013.

Wang X, Liu Q, Ren Y, Lv J, Li L. Family influences on physical activity and sedentary behaviours in Chinese junior high school students: a cross-sectional study. BMC Public Health. 2015;15(1):287.

Suen Y, Cerin E, Wu S. Parental practices encouraging and discouraging physical activity in Hong Kong Chinese preschoolers. J Phys Act Heal. 2015;12(3):361–9.

Chor D, Cardoso LO, Nobre AA, Griep RH, Fonseca M de JM, Giatti L, et al. Association between perceived neighbourhood characteristics, physical activity and diet quality: results of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). BMC Public Health. 2016;16(1):751.

Muthuri SK, Wachira LM, Onywera VO, Tremblay MS. Correlates of objectively measured overweight/obesity and physical activity in Kenyan school children: results from ISCOLE-Kenya. BMC Public Health. 2014;14(1):436.

Palma X, Chillón P, Rodríguez-Rodríguez F, Barranco-Ruiz Y, Huertas-Delgado FJ. Perceived parental barriers towards active commuting to school in Chilean children and adolescents of Valparaíso. Int J Sustain Transp. 2020;14(7):525–32.

Downloads

Publicado

2023-05-24

Como Citar

1.
Silva NS, Mello JB, Bandeira PFR, Mota J, Gaya ACA, Gaya AR. Fatores relacionados ao suporte social para atividade física de estudantes em uma perspectiva de rede. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 24º de maio de 2023 [citado 28º de março de 2024];28:1-8. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/14892

Edição

Seção

Artigos Originais