Fatores associados às mudanças percebidas na atividade física e comportamento sedentário na comunidade universitária brasileira durante a pandemia da covid-19

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.29e0365

Palabras clave:

Adulto, Exercício físico, Inatividade física, Pandemias, Universidades

Resumen

Objetivo: Este estudo teve como objetivo identificar a prevalência e fatores associados às mudanças percebidas na prática de atividade física (AF) e comportamento sedentário (CS) durante a pandemia da covid-19 na comunidade universitária. Métodos: Estudo observacional, multicêntrico, do tipo transversal, realizado com a comunidade acadêmica de Instituições de Ensino Superior do Brasil. Utilizou-se um questionário estruturado e validado. Foi aplicada regressão logística multinomial assumindo intervalo de confiança de 95%. Resultados: Participaram 4809 indivíduos (65,8% mulheres; 74% estudantes). Observou-se que 44,6% (n = 2.136) perceberam redução da AF, e 74,2% (n = 3.549) perceberam aumento do CS. Mulheres com 40 anos ou mais e homens em distanciamento apresentaram menores chances de serem ativos (31% e 43%, respectivamente). Apresentaram mais chances em serem ativos as mulheres com boa percepção de saúde (OR = 3,33; IC 95%: 2,22 - 4,99) ou regular (OR = 1,98; IC 95%: 1,30 - 3,04), e homens com boa percepção de saúde (OR = 2,38; IC 95%: 1,35 - 4,20). As chances de maior CS foram menores nas mulheres com boa percepção de saúde (58%), idade entre 30-39 anos (34%) ou 40 anos ou mais (50%), e nos homens com boa percepção de saúde (61%), idade entre 30-39 anos (42%) ou 40 anos ou mais (54%). Apresentaram mais chances de maior CS as mulheres que estavam em distanciamento (OR = 1,71; IC 95%: 1,25 - 2,34), por dois meses ou mais (OR = 1,43; IC 95%: 1,10 - 1,85), ou cômodo per capita de 1,20 (OR = 1,51; IC 95%: 1,13 - 2,01), e homens em distanciamento (OR = 1,61; IC 95%: 1,10 - 2,34), por dois meses ou mais (OR = 1,42; IC 95%: 1,02 - 1,96) e que residiam na região Nordeste (OR = 2,34; IC 95%: 1,20 - 4,57) e Sudeste (OR = 2,96; IC 95%: 1,47 - 5,96). Conclusão: A pandemia resultou em aumento percebido do CS e diminuição da AF, especialmente entre mulheres mais velhas, em distanciamento e menor cômodo per capita, assim como entre homens em distanciamento.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Traducciones de este artículo.

Citas

World Health Organization. Coronavirus disease (COVID-19) pandemic. 2019. Disponível em: https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019 [2023 fevereiro]

Brasil. Ministério da Saúde. Painel coronavírus. Disponível em: <https://covid.saude.gov.br/> [2024 abril]

Malta DC, Szwarcwald CL, Barros MBDA, Gomes CS, Machado ÍE, Souza Júnior PRBD, et al. A pandemia da COVID-19 e as mudanças no estilo de vida dos brasileiros adultos: um estudo transversal, 2020. Epidemiol Serv Saúde. 2020;29(4):e2020407.

Mattioli AV, Sciomer S, Cocchi C, Maffei S, Gallina S. Quarantine during COVID-19 outbreak: Changes in diet and physical activity increase the risk of cardiovascular disease. Nutr, Metab Cardiovasc Dis. 2020;30(9):1409–17.

Garcia LP, Duarte E. Intervenções não farmacológicas para o enfrentamento à epidemia da COVID-19 no Brasil. Epidemiol Serv Saúde. 2020;29(2):e2020222.

Brasil. Lei n. 13.979, de 6 de fevereiro de 2020. Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 7 fev. 2020.

Khosravizadeh O, Ahadinezhad B, Maleki A, Najafpour Z, Golmohammadi R. Social distance capacity to control the COVID-19 pandemic: A systematic review on time series analysis. Int J Risk Saf Med. 2022;33(1):5–22.

Chiesa V, Antony G, Wismar M, Rechel B. COVID-19 pandemic: health impact of staying at home, social distancing and ‘lockdown’ measures – a systematic review of systematic reviews. J Public Health. 2021;43(3):e462–e481.

Santos APR, Souza JNVA, Silva BRVS, Costa EC, Oliveira MCDPO, Aquino JMD, et al. Impact of Covid-19 on the mental health, quality of life and level of physical activity in university students. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2022;27:1–10.

Wang X, Hegde S, Son C, Keller B, Smith A, Sasangohar F. Investigating Mental Health of US College Students During the COVID-19 Pandemic: Cross-Sectional Survey Study. J Med Internet Res. 2020;22(9):e22817.

Dumith SC, Viero VDSF, Alexandrino EG, Silva LCB, Tassitano RM, Demenech LM. COVID-19 pandemic and physical inactivity in Brazilian university students: a multicenter study. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2022;27:1–9.

Warburton DER, Bredin SSD. Health benefits of physical activity: a systematic review of current systematic reviews. Curr Opin Cardiol. 2017;32(5):541–56.

Santos SFDS, Sousa TF, Fonseca SA, Alvarenga AM, Pereira KM, Silva Farias G, et al. Mudanças percebidas no estilo de vida no distanciamento social: validade preliminar do questionário. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2021;26:1–10.

Zheng C, Huang WY, Sheridan S, Sit CHP, Chen XK, Wong SHS. COVID-19 Pandemic Brings a Sedentary Lifestyle in Young Adults: A Cross-Sectional and Longitudinal Study. Int J Environ Res Public Health. 2020;17(17):6035.

Gallo LA, Gallo TF, Young SL, Moritz KM, Akison LK. The Impact of Isolation Measures Due to COVID-19 on Energy Intake and Physical Activity Levels in Australian University Students. Nutrients. 2020;12(6):1865.

Schuch FB, Bulzing RA, Meyer J, López-Sánchez GF, Grabovac I, Willeit P, et al. Moderate to vigorous physical activity and sedentary behavior changes in self-isolating adults during the COVID-19 pandemic in Brazil: a cross-sectional survey exploring correlates. Sport Sci Health. 2022;18(1):155–63.

Botero JP, Farah BQ, Correia MDA, Lofrano-Prado MC, Cucato GG, Shumate G, et al. Impact of the COVID-19 pandemic stay at home order and social isolation on physical activity levels and sedentary behavior in Brazilian adults. Einstein (São Paulo). 2021;19:eAE6156.

Tavares GH, Oliveira DP, Rodrigues LR, Mota CG, Sousa TF, Polo MCE. Inatividade física no lazer durante a pandemia da COVID-19 em universitários de Minas Gerais. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2020;25:1–7.

Cruz DKA, Silva KSD, Lopes MVV, Parreira FR, Pasquim HM. Iniquidades socioeconômicas associadas aos diferentes domínios da atividade física: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Epidemiol Serv Saúde. 2022;31:e2021398.

Crochemore-Silva I, Knuth AG, Wendt A, Nunes BP, Hallal PC, Santos LP, et al. Prática de atividade física em meio à pandemia da COVID-19: estudo de base populacional em cidade do sul do Brasil. Ciênc saúde coletiva. 2020;25(11):4249–58.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Coordenação de Trabalho e Rendimento. PNAD contínua: outras formas de trabalho. Rio de Janeiro: IBGE. 2023; 126 p. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=2102020> [2024 maio]

Ferreira M, Nunes SAN, Papini CB, Sousa TF. Prevalence of negative self-rated health in university students and its relationship with the co-occurrence of risk behaviors. J Phys Educ. 2022;33(1):e3321.

Sousa TF, Carvalho FO, Silva ES, Mussi FC, Fonseca SCF, Silva DCG, et al. What are the characteristics that influence the sitting time in university students? Rev bras cineantropom desempenho hum. 2022;24:e84369.

Cheval B, Sivaramakrishnan H, Maltagliati S, Fessler L, Forestier C, Sarrazin P, et al. Relationships between changes in self-reported physical activity, sedentary behaviour and health during the coronavirus (COVID-19) pandemic in France and Switzerland. J Sports Sci. 2021;39(6):699–704.

Castañeda-Babarro A, Arbillaga-Etxarri A, Gutiérrez-Santamaría B, Coca A. Physical Activity Change during COVID-19 Confinement. Int J Environ Res Public Health. 2020;17(18):6878.

Runacres A, Mackintosh KA, Knight RL, Sheeran L, Thatcher R, Shelley J, et al. Impact of the COVID-19 Pandemic on Sedentary Time and Behaviour in Children and Adults: A Systematic Review and Meta-Analysis. Int J Environ Res Public Health. 2021;18(21):11286.

Peçanha T, Goessler KF, Roschel H, Gualano B. Social isolation during the COVID-19 pandemic can increase physical inactivity and the global burden of cardiovascular disease. Am J Physiol Heart Circ Physiol. 2020;318(6):1441–6.

Alencar GPD, Dellagrana RA, Barbosa Neto L, Carvalho AMA, Ferreira JS. Fatores associados com o nível de atividade física e comportamento sedentário de professores em tempos de pandemia de COVID-19. Retos. 2022;46:511–9.

Brancaccio M, Mennitti C, Gentile A, Correale L, Buzzachera CF, Ferraris C, et al. Effects of the COVID-19 Pandemic on Job Activity, Dietary Behaviours and Physical Activity Habits of University Population of Naples, Federico II-Italy. Int J Environ Res Public Health. 2021;18(4):1502.

Rodrigues P, Reis ECD, Bianchi L, Palma A. Fatores associados a prática de atividades físicas durante a pandemia da COVID-19 no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2020;25:1–9.

Alexandrino EG, Silva AHBE, Silva LCD, Grasel DA, Fonseca RA, Silva SPD, et al. Atividade física de lazer e fatores sociodemográficos no Brasil: Dados do VIGITEL de 2018 a 2020. Lecturas: Educación Física y Deportes. 2023;28(304):85–102.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Vigitel Brasil 2006-2023: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigitel/vigitel-2006-2023-pratica-de-atividade-fisica/view> [2024 outubro]

Quinlan C, Rattray B, Pryor D, Northey JM, Anstey KJ, Butterworth P, et al. The accuracy of self-reported physical activity questionnaires varies with sex and body mass index. PLoS ONE. 2021;16(8):e0256008. d

Publicado

2025-02-07 — Actualizado el 2025-05-30

Versiones

Cómo citar

1.
Silva Junior MCP da, Menezes EC, Tenório SA, Santos SF da S dos, Sousa TF de, Lima LRA de. Fatores associados às mudanças percebidas na atividade física e comportamento sedentário na comunidade universitária brasileira durante a pandemia da covid-19. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 30 de mayo de 2025 [citado 24 de junio de 2025];29:1-17. Disponible en: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/15325

Número

Sección

Edición temática: Actividad Física y Salud en América Latina y el Caribe