Perfil dos frequentadores e padrão de utilização das academias ao ar livre: revisão de escopo

Autores

  • Jéssica Aparecida Battistel Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, Santa Catarina, Brasil.
  • Marilia Isabel Floss Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, Santa Catarina, Brasil.
  • Agnes de Fátima Pereira Cruvinel Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, Santa Catarina, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0612-9553
  • Paulo Roberto Barbato Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, Santa Catarina, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6400-3348
  • Rogério César Fermino Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil. Grupo de Pesquisa em Ambiente, Atividade Física e Saúde da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9028-4179
  • Paulo Henrique Guerra Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, Santa Catarina, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-4239-0716

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.26e0186

Palavras-chave:

Atividade física, Ambiente construído, Epidemiologia descritiva, Equidade em saúde, Revisão

Resumo

Com objetivo de identificar e sumarizar os dados de pesquisas que investigaram o perfil dos usuários das Academias ao Ar Livre (AAL) no Brasil, assim como o padrão de utilização destes espaços, em dezembro de 2020 foi realizada uma revisão de escopo, procurando por artigos observacionais, conduzidos no território brasileiro, que identificaram o perfil dos frequentadores e o padrão de utilização das AAL. Dos 16 artigos encontrados, que representam 10 distintos projetos, identificou-se que mulheres, pessoas na faixa etária entre 40 e 59 anos de idade, com ensino médio completo, casados/as e com sobrepeso representam o perfil mais comum de frequentadores das AAL no país. Complementarmente, a síntese também aponta que frequentadores utilizam as AAL há, pelo menos, 12 meses, com periodicidade de utilização de, pelo menos, três dias da semana, geralmente, nos dias úteis. Em conclusão, as AAL contribuem para a equidade ao acesso à atividade física. Entretanto, novos projetos são necessários, com utilização de abordagens mistas, para uma melhor compreensão das características que ao momento ainda são inconclusivas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paulo Henrique Guerra, Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, Santa Catarina, Brasil.

Professor Adjunto da Universidade Federal da Fronteira Sul (componente: Saúde Coletiva) e Pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas em Atividade Física e Saúde (GEPAF), Universidade de São Paulo, Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP)

Referências

Chandrabose M, Rachele JN, Gunn L, Kavanagh A, Owen N, Turrell G, et al. Built environment and cardio-metabolic health: systematic review and meta-analysis of longitudinal studies. Obes Rev. 2019;20(1):41-54.

Umstattd Meyer MR, Bridges CN, Schmid TL, Hecht AA, Pollack Porter KM. Systematic review of how Play Streets impact opportunities for active play, physical activity, neighborhoods, and communities. BMC Public Health. 2019;19(1):335.

Van Hecke L, Ghekiere A, Veitch J, Van Dyck D, Van Cauwenberg J, Clarys P, et al. Public open space characteristics influencing adolescents' use and physical activity: A systematic literature review of qualitative and quantitative studies. Health Place. 2018;51:158-73.

Lee JLC, Lo TLT, Ho RTH. Understanding outdoor gyms in public open spaces: A systematic review and integrative synthesis of qualitative and quantitative evidence. Int J Environ Res Public Health. 2018;15(4).pii:E590.

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional sobre Atividades Físicas e Esportivas e Desenvolvimento Humano. 2016. Disponível em: < https://www.br.undp.org/content/dam/brazil/docs/IDH/und-br-nota-conceitual-final-2016.pdf >. Acesso em 20 set. 2019.

Cruz MS, Bernal RTI, Claro RM. Tendência da prática de atividade física no lazer entre adultos no Brasil (2006-2016). Cad. Saúde Pública. 2018;34(10):e00114817.

Malta D, Andrade S, Santos M, Rodrigues G, Mielke G. Tendências dos indicadores de atividade física em adultos: Conjunto de capitais do Brasil 2006-2013. Rev Bras Ativ Fis Saude. 2015;20(2):141-51.

Florindo AA, Barbosa JPAS, Barrozo LV, Andrade DR, Aguiar BS, Failla MA, et al. Walking for transportation and built environment in Sao Paulo city, Brazil. J Transp Health. 2019;15:100611.

Casas RCRL, Bernal RTI, Jorge AO, Melo EM, Malta DC. Fatores associados à prática de atividade física na população brasileira - Vigitel 2013. Saude Debate. 2018;42(spe4):134-44.

Silva TD, Souza SS, Starepravo FA. Academia da Saúde, Academia da Cidade e Academia ao Ar Livre nas agendas política e governamental dos estados brasileiros. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2020;25:e0163.

Barbosa Filho VC, Tricco AC. Scoping review: a relevant methodological approach for knowledge synthesis in Brazil’s health literature. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2019;24:e0082.

Tricco AC, Lillie E, Zarin W, O'Brien KK, Colquhoun H, Levac D, et al. PRISMA Extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR): Checklist and Explanation. Ann Intern Med. 2018;169(7):467-473.

Bergmann GG, Streb AR, Ferrari M, Alves DCD, Soares BAC, Ferreira GD, et al. The use of outdoor gyms is associated with women and low-income people: a cross-sectional study. Public Health. 2021;190:16e22.

Bergmann GG, Streb AR, Ferrari M, Alves DCD, Soares BAC, Ferreira GD, et al. Barriers for the use of outdoor gyms in adults and elderly from a southern city of Brazil. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2020;25:e0159.

Costa BGG, Freitas CR, Silva KS. Atividade física e uso de equipamentos entre usuários de duas Academias ao Ar Livre. Rev Bras Ativ Fis Saude 2016;21(1):29-38.

Guzzo Junior CCE, Silva WLA. Academias ao ar livre em Castanhal, uma opção de lazer e convívio social? O perfil e discurso do usuário. Licere. 2019;22:137-58.

Mathias NG, Melo Filho J, Skudlarek AC, Gallo LH, Fermino RC, Gomes AR. Motivos para a prática de atividades físicas em uma academia ao ar livre de Paranaguá-PR. Rev Bras Cien Esporte. 2019;41(2):222-8.

Pinheiro WL, Coelho Filho JM. Perfil dos idosos usuários das academias ao ar livre para a terceira idade. Rev Bras Promoc Saude. 2017;30(1):93-101.

Alberico CO, Hipp JA, Reis RS. Association between neighborhood income, patterns of use, and physical activity levels in fitness zones of Curitiba, Brazil. J Phys Act Health. 2019;16(6):447-54.

Silva AT, Fermino RC, Alberico CO, Reis RS. Fatores associados à ocorrência de lesões durante a prática de atividade física em academias ao ar livre. Rev Bras Med Esporte. 2016;22(4):267-71.

Silva AT, Fermino RC, Lopes AAS, Alberico CO, Reis RS. Distance to fitness zone, use of facilities and physical activity in adults. Rev Bras Med Esporte. 2018;24(2):157-61.

Souza CA, Fermino RC, Añez CRR, Reis RS. Perfil dos frequentadores e padrão de uso das academias ao ar livre em bairros de baixa e alta renda de Curitiba-PR. Rev Bras Ativ Fis Saúde. 2014;19(1):86-97.

Iepsen AM, Silva MC. Perfil dos frequentadores das academias ao ar livre da cidade de Pelotas – RS. Rev. Bras Ativ Fis Saude. 2015;20(4):413-24.

Silva MC, Iepsen AM, Caputo EL, Engers PB, Spohr CF, Vilela GF, et al. Leisure-time physical activity and associated factors in fitness zones. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2017;19(2):185-95.

Ibiapina ARL, Moura MN, Santiago MLE, Moura TNB. Caracterização dos usuários e do padrão de uso das academias ao ar livre. Rev Bras Promoc Saude. 2017;30(4):1-10.

Moura MN, Moura ARLI, Santiago MLE, Moura TNB. Academias ao ar livre: percepções dos usuários e relação com o serviço de saúde. Arq Cienc Saúde. 2020;24:87-94.

Silva DB, Tribess S, Papini CB. Perfil dos usuários e padrão de utilização das academias ao ar livre de Uberaba, Minas Gerais. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2019;24:e0111.

Silva JVP, Anjos VAA. The impacts of outdoor gyms on leisure physical activity in Campo Grande-MS. Holos. 2020;6:e10180.

Sun F, Norman IJ, While A. Physical activity in older people: a systematic review. BMC Public Health. 2013;13:449.

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Movimento é vida: Atividades físicas e esportivas para todas as pessoas. Atividades físicas e esportivas e Mulheres no Brasil. 2017. Disponível em: < http://movimentoevida.org/wp-content/uploads/2017/09/Atividades-Fi%CC%81sicas-e-Esportivas-e-Ge%CC%82nero.pdf>. Acesso em: 16 set. 2019.

Bherer L, Erickson KI, Liu-Ambrose T. A review of the effects of physical activity and exercise on cognitive and brain functions in older adults. J Aging Res. 2013;2013:657508.

Costa TB, Neri AL. Medidas de atividade física e fragilidade em idosos: dados do FIBRA Campinas, São Paulo, Brasil. Cad. Saude Publica. 2011;27(8),1537-1550.

Virtuoso Júnior JS, Guerra RO. Incapacidade funcional em mulheres idosas de baixa renda. Rev. Ciência e Saúde Coletiva. 2011;16(5):2541-2548.

Marinho F, Passo VMA, França EB. Novo século, novos desafios: mudança no perfil da carga de doença no Brasil de 1990 a 2010. Epidemiol. Serv Saude. 2016;25(4),713-24.

Geib LTC. Determinantes sociais da saúde do idoso. Rev. Ciência e Saúde Coletiva. 2012;17(1),123-33.

Fernández-Rodríguez EF, Merino-Marban R, Romero-Ramos O, López-Fernández I. A systematic review about the characteristics and patterns of use of outdoor gyms. J Hum Sport Exerc. 2020;15:S688-S707.

Peixoto SV, Mambrini JVM, Firmo JOA, Loyola Filho AI, Souza Junior PRB, Andrade FB, et al. Prática de atividade física entre adultos mais velhos: resultados do ELSI-Brasil. Rev Saude Publica. 2018;52(Suppl.2),5s.

Souza DL, Vendrusculo R. Fatores determinantes para a continuidade da participação de idosos em programas de atividade física: a experiência dos participantes do projeto “Sem Fronteiras”. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2010;24(1):95-105.

Giehl MWC, Schneider IJC, Corseuil HX, Benedetti TRB, Orsi E. Atividade física e percepção do ambiente em idosos: estudo populacional em Florianópolis. Rev Saude Publica. 2012;46(3),516-25.

Donini LM, Savina C, Gennaro E, De Felice MR, Rosano A, Pandolfo MM, et al. A systematic review of the literature concerning the relationship between obesity and mortality in the elderly. J Nutr Health Aging. 2012;16(1):89-98.

Russo C, Jin Z, Homma S, Rundek T, Elkind MS, Sacco RL, et al. Effect of obesity and overweight on left ventricular diastolic function: a community-based study in an elderly cohort. J Am Coll Cardiol. 2011;57(12):1368-74.

Bertoldi AD, Barros AJD, Hallal PC, Lima RC. Utilização de medicamentos em adultos: prevalência e determinantes individuais. Rev. de Saúde Pública. 2004;38(2),228-38.

Jansson AK, Lubans DR, Smith JJ, Duncan MJ, Haslam R, Plotnikoff RC. A systematic review of outdoor gym use: Current evidence and future directions. J Sci Med Sport. 2019;22(12):1335-43.

Chrestani MAD, Santos IS, Matijasevich AM. Hipertensão arterial sistêmica auto-referida: validação diagnóstica em estudo de base populacional. Cad. Saúde Pública. 2009;25(11):2395-2406.

Downloads

Publicado

2021-03-26

Como Citar

1.
Battistel JA, Floss MI, Cruvinel A de FP, Barbato PR, Fermino RC, Guerra PH. Perfil dos frequentadores e padrão de utilização das academias ao ar livre: revisão de escopo. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 26º de março de 2021 [citado 25º de abril de 2024];26:1-8. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/14483

Edição

Seção

Artigo de revisão narrativa e ensaios teóricos em atividade física e saúde