Preferências de atividade física em adultos brasileiros: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde

Autores

  • Andrea Wendt Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4640-2254
  • Wellington Roberto Gomes de Carvalho Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Educação Física e Fisioterapia. Uberlândia, Mina Gerais, Brasil. Universidade Federal do Maranhão, Departamento de Educação Física. São Luís, Maranhão, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-4185-526X
  • Inácio Crochemore Mohnsam Silva Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Universidade Federal de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-5390-8360
  • Grégore Iven Mielke School of Human Movement and Nutrition Sciences, The University of Queensland, Queensland, Brisbane, Australia. https://orcid.org/0000-0002-3043-2715

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.24e0079

Palavras-chave:

Exercício, Adulto, Atividade motora, Estudos transversais

Resumo

O objetivo do estudo foi verificar a distribuição dos diferentes tipos de práticas entre os praticantes de atividade física de uma amostra de adultos de acordo com características sociodemográficas. Estudo transversal utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, com adultos de 18 anos ou mais, praticantes de atividade física (n = 17.350). As variáveis independentes foram sexo, faixa etária, escolaridade e regiões geográficas. As variáveis dependentes foram os tipos de atividade física mais praticadas na população. Para apresentar as frequências de prática de prática segundo região, escolaridade e idade as atividades as atividades foram divididas em três grupos: caminhada, exercício e esportes. Os dados foram analisados no STATA 12.1. Nos homens, as atividades mais comuns foram futebol (39,1%), caminhada (22,9%) e musculação (15,3%). Nas mulheres, foram a caminhada (48,9%), ginástica (19,2%) e musculação (14,2%). Nos homens, a prática de caminhada foi maior nos mais velhos, sem instrução e da região Centro Oeste (p < 0,001). Quanto a prática de exercícios, nos homens, este hábito foi mais comum entre os mais jovens, com maior escolaridade, e da região Sudeste (p < 0,001). Em relação aos esportes, a prática foi mais comum nos mais jovens, nos com maior escolaridade e da região Norte (p < 0,001), tanto nos homens quanto nas mulheres. A prática esportiva foi menos frequente nas mulheres. Os tipos de atividade têm grande influência da idade, escolaridade dos indivíduos e região do país. Estes aspectos devem ser levados em conta do planejamento de intervenções.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Lear SA, W Hu, S Rangarajan, D Gasevic, D Leong, R Iqbal, et al. The effect of physical activity on mortality and cardiovascular disease in 130 000 people from 17 high-income, middle-income, and low-income countries: the PURE study. Lancet. 2017;390(10113):2643-54.

Lee IM, EJ Shiroma, F Lobelo, P Puska, SN Blair, PT Katzmarzyk. Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide: an analysis of burden of disease and life expectancy. Lancet. 2012;380(9838):219-29.

Celis-Morales CA, F Perez-Bravo, L Ibanez, C Salas, ME Bailey, JM Gill. Objective vs. self-reported physical activity and sedentary time: effects of measurement method on relationships with risk biomarkers. PloS One 2012;7(5):e36345.

Lollgen H, A Bockenhoff, G Knapp. Physical activity and all-cause mortality: an updated meta-analysis with different intensity categories. Int J Sports Med. 2009;30(3):213-24.

World Health Organization. Global strategy on diet, physical activity and health. Geneva; 2013.

Ueno DT, E Sebastião, DI Corazza, S Gobbi. Methods for assessing physical activity: a systematic review focused on older adults. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2013;15:256-65.

Montoye HJ, HL Taylor. Measurement of physical activity in population studies: a review. Human Biology 1984;56(2):195-216.

Molanorouzi K, S Khoo, T Morris. Motives for adult participation in physical activity: type of activity, age, and gender. BMC Public Health. 2015;15:66.

Klepac B, G O'Sullivan, K Milton, SJH Biddle, A Bauman, W Bellew, et al. The development of the Comprehensive Analysis of Policy on Physical Activity (CAPPA) framework. Int J Behav Nutr Phys Act. 2019;16(1):60.

Mendonça G, LA Cheng, JC Farias Jr. Padrões de prática de atividade física em adolescentes de um município da região Nordeste do Brasil. Cienc Saúde Colet. 2018;23:2443-51.

Ashford B, S Biddle, M Goudas. Participation in community sports centres: motives and predictors of enjoyment. J Sports Sci. 1993;11(3):249-56.

Szwarcwald CL, DC Malta, CA Pereira, MLFP Vieira, WL Conde, PRB Souza Jr, et al. Pesquisa Nacional de Saúde no Brasil: concepção e metodologia de aplicação. Cienc Saúde Colet. 2014;19:333-42.

Sa TH, LM Garcia, RM Claro. Frequency, distribution and time trends of types of leisure-time physical activity in Brazil, 2006-2012. Int J Public Health. 2014;59(6):975-82.

Fermino RC, PC Hallal, RS Reis. Frequência de uso de parques e prática de atividades fisicas em adultos de Curitiba, Brasil. Rev Bras Med Esporte. 2017;23:264-70.

Lee IM, DM Buchner. The importance of walking to public health. Med Sci Sports Exerc. 2008;40(7 Suppl):S512-8.

Adamoli AN, MC Silva, MR Azevedo. Prática da caminhada no lazer na população adulta de Pelotas, RS. Rev Bras Ativ Fis Saude. 2011;16(2):113-9.

Ogilvie D, CE Foster, H Rothnie, N Cavill, V Hamilton, CF Fitzsimons, et al. Interventions to promote walking: systematic review. BMJ. 2007;334(7605):1204.

Häfele V, F Siqueira. Aconselhamento para atividade física e mudança de comportamento em Unidades Básicas de Saúde. Rev Bras Ativ Fis Saude. 2016;21(6):581-92.

Gonçalves H, PC Hallal, TC Amorim, CL Araujo, AM Menezes. [Sociocultural factors and physical activity level in early adolescence]. Rev Panam Salud Publica. 2007;22(4):246-53.

Ferreira RW, AR Varela, LZ Monteiro, CA Häfele, SJ Santos, A Wendt, et al. Desigualdades sociodemográficas na prática de atividade física de lazer e deslocamento ativo para a escola em adolescentes: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2009, 2012 e 2015). Cad Saude Publica. 2018;34.

Coakley J, A White. Making Decisions: Gender and Sport Participation among British Adolescents. Sociol Sport J. 1992(9):20-35.

Deelen I, D Ettema, CBM Kamphuis. Sports participation in sport clubs, gyms or public spaces: How users of different sports settings differ in their motivations, goals, and sports frequency. PLoS One. 2018;13(10):e0205198.

Reis RS, D Salvo, D Ogilvie, EV Lambert, S Goenka, RC Brownson. Scaling up physical activity interventions worldwide: stepping up to larger and smarter approaches to get people moving. Lancet. 2016;388(10051):1337-48.

Heath GW, DC Parra, OL Sarmiento, LB Andersen, N Owen, S Goenka, et al. Evidence-based intervention in physical activity: lessons from around the world. Lancet. 2012;380(9838):272-81.

Dishman RK, Ickes W, Morgan WP. Self‐Motivation and Adherence to Habitual Physical Activity. J Appl Soc Psychol. 1980 (10):115-132.

Mielke GI, DC Malta, GBAR Sá, RS Reis, PC Hallal. Diferenças regionais e fatores associados à prática de atividade física no lazer no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde-2013. Rev Bras Epidemiol. 2015;18:158-69.

Santana ABN, MA Oliveira, RLF Guerra, PA Martins. Desigualdades socioeconômicas na percepção do ambiente de mobilidade ativa. Rev Bras Ativ Fis Saude. 2015;20(3):2097-308.

Silva AAP, EMd Camargo, AT Silva, JSB Silva, AAF Hino, RS Reis. Characterization of physical activities performed by adolescents from Curitiba, Brazil. Rev Bras Med Esporte. 2019;25:211-5.

Dumith SC, MR Domingues, DP Gigante. Epidemiologia das atividades físicas praticadas no tempo de lazer por adultos do Sul do Brasil. Rev Bras Epidemiol. 2009;12:646-56.

van Uffelen JGZ, A Khan, NW Burton. Gender differences in physical activity motivators and context preferences: a population-based study in people in their sixties. BMC Public Health. 2017;17(1):624.

Downloads

Publicado

2019-10-09

Como Citar

1.
Wendt A, Carvalho WRG de, Silva ICM, Mielke GI. Preferências de atividade física em adultos brasileiros: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde . Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 9º de outubro de 2019 [citado 28º de março de 2024];24:1-9. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/13895

Edição

Seção

Artigos Originais