Influência da caminhada na cognição e composição corporal de mulheres idosas

Autores

  • Rafael Afonso de Oliveira Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física, Grupo de Estudos em Psicologia do Esporte e Neurociências (GEPEN). Campinas, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1668-5820
  • Vinícius Nagy Soares Universidade Estadual de Campinas, Programa de Pós-graduação em Gerontologia, Faculdade de Ciências Médicas. Grupo de Estudos em Psicologia do Esporte e Neurociências. Campinas, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0363-5186
  • Ricardo Aurélio Carvalho Sampaio Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Educação Física, São Cristóvão, Sergipe, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-0005-1145
  • Paula Teixeira Fernandes Universidade Estadual de Campinas, Departamento de Ciências do Esporte, Faculdade de Educação Física e Programa de Pós-graduação em Gerontologia, Faculdade de Ciências Médicas. Grupo de Estudos em Psicologia do Esporte e Neurociências. Campinas, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-0492-1670

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.24e0081

Palavras-chave:

Atividade física, Cognição, Envelhecimento, Psicologia do esporte

Resumo

O objetivo deste estudo foi verificar a influência da caminhada em variáveis cognitivas e antropométricas de mulheres idosas. Foram recrutadas 30 mulheres destreinadas, sem doenças neurodegenerativas, com média de idade de 64,40 ± 3,71 anos, divididas por conveniência em grupo de intervenção (n = 16) e controle (n = 14). O grupo de intervenção foi submetido à prática de jogos desportivos, caminhada e alongamento, em ambientes abertos, durante três meses, duas vezes por semana. O grupo controle não participou de nenhum programa de atividade física. Antes e após a intervenção, todas as idosas foram submetidas aos testes Códigos WAIS-III, Color Trail Test (CTT-A e CTT-B), e medidas de massa corporal e estatura (determinação do índice de massa corporal – IMC), circunferência da cintura e do quadril (razão cintura-quadril – RCQ). O grupo de intervenção melhorou o desempenho no teste Códigos WAIS-III (Δ = 8,68; IC95%: 6,7; 10,7) e reduziu os tempos de execução dos testes CTT-A (Δ = -7,94; IC95%: -13,1; -2,8) e CTT-B (Δ = -18,59; IC95%: -31,4; -5,8). As modificações do grupo controle não foram estatisticamente significativas (p > 0,05). Conclui-se que a prática de caminhada pode melhorar habilidades cognitivas de mulheres idosas destreinadas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Neri AL, Yassuda MS, Araújo LFd, Eulálio MC, Cabral BE, Siqueira MEC, et al. Metodologia e perfil sociodemográfico, cognitivo e de fragilidade de idosos comunitários de sete cidades brasileiras: Estudo FIBRA. Cad Saúde Pública. 2013;29(4):778-92.

Holz AW, Nunes BP, Thumé E, Lange C, Facchini LA. Prevalência de déficit cognitivo e fatores associados entre idosos de Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil. Rev Bras Epidemiol. 2013;16(4):880-8.

Rabelo DF. Comprometimento cognitivo leve em idosos: avaliação, fatores associados e possibilidades de intervenção. Kairós. 2009;12(2):65-79.

Ferreira PCS, Tavares DMS, Rodrigues RAP. Características sociodemográficas, capacidade funcional e morbidades entre idosos com e sem declínio cognitivo. Acta Paul Enferm. 2011;24(1):29-35.

Halil M, Kizilarslanoglu MC, Kuyumcu ME, Yesil Y, Jentoft AJC. Cognitive aspects of frailty: Mechanisms behind the link between frailty and cognitive impairment. J Nutr Health Aging. 2015;19(3):276-83.

Kirk-Sanchez NJ, McGough EL. Physical exercise and cognitive performance in the elderly: current perspectives. Clin Interv Aging. 2014;9:51-62.

Sofi F, Valecchi D, Bacci D, Abbate R, Gensini FG, Casini A, et al. Physical activity and risk of cognitive decline: a meta‐analysis of prospective studies. J Intern Med. 2011;269(1):107-17.

Ferreira APS, Szwarcwald CL, Damacena GN. Prevalence of obesity and associated factors in the Brazilian population: a study of data from the 2013 National Health Survey. Rev Bras Epidemiol. 2019;22:e190024.

Souza Barbosa JF, Santos Gomes C, Vilton Costa J, Ahmed T, Zunzunegui MV, Curcio CL, et al. Abdominal Obesity and Mobility Disability in Older Adults: A 4-Year Follow-Up the International Mobility in Aging Study. J Nutr Health Aging. 2018;22(10):1228-37.

Casas Herrero A, Izquierdo M. Ejercicio físico como intervención eficaz en el anciano frágil. An Sist Sanit Navar. 2012;35(1):69-85.

Knaepen K, Goekint M, Heyman EM, Meeusen R. Neuroplasticity-exercise-induced response of peripheral brain-derived neurotrophic factor. Sports Med. 2010;40(9):765-801.

Chang YK, Labban JD, Gapin JI, Etnier JL. The effects of acute exercise on cognitive performance: a meta-analysis. Brain Res. 2012;1453:87-101.

Liu-Ambrose T, Best JR, Davis JC, Eng JJ, Lee PE, Jacova C, et al. Aerobic exercise and vascular cognitive impairment: a randomized controlled trial. Neurology. 2016;87(20):2082-90.

Hanson S, Jones A. Is there evidence that walking groups have health benefits? A systematic review and meta-analysis. Br J Sports Med. 2015;49(11):710-5.

Najas M, Yamatto TH. Avaliação do estado nutricional de idosos. Nestlé nutrition. 2008. [citado em 2019 set 19]. Disponível em: http://www.ufjf.br/renato_nunes/files/2014/03/Avalliação-do-estado-Nutricional-de-Idosos.pdf.

Lipschitz DA. Screening for nutritional status in the elderly. Prim Care. 1994;21(1):55-67.

Bray GA, Gray DS. Obesity. Part I--Pathogenesis. West J Med. 1988;149(4):429.

Nascimento E. WAIS-III: Escala de Inteligência Wechsler para Adultos-manual técnico. São Paulo: Casa do Psicólogo. 2005.

Rabelo IS, Pacanaro SV, Rosseti MO, Leme I. Teste de trilhas coloridas. São Paulo: Casa do Psicólogo. 2010.

Coutinho ACAM, Nascimento E. Formas abreviadas no WAIS-III para avaliação da inteligência. Aval Psicol. 2010;9(1):25-33.

Rabelo IS, Pacanaro SV, Rossetti MO, Leme IFAS, Castro NR, Güntert CM, et al. Color Trails Test: a Brazilian normative sample. Psychol Neurosci. 2010;3(1):93-9.

Rosenthal JA. Qualitative descriptors of strength of association and effect size. J Soc Serv Res. 1996;21(4):37-59.

Sanchez-Gonzalez JL, Calvo-Arenillas JI, Sanchez-Rodriguez JL. The effects of moderate physical exercise on cognition in adults over 60 years of age. Rev Neurol. 2018;66(7):230-6.

Van Uffelen JGZ, Chinapaw MJM, Van Mechelen W, Hopman-Rock M. Walking or vitamin B for cognition in older adults with mild cognitive impairment? A randomized controlled trial. Br J Sports Med. 2008;42(5)2400-9.

Groot C, Hooghiemstra AM, Raijmakers P, Bercker BNM, Scheltens P, Scherder EJA, et al. The effect of physical activity on cognitive function in patients with dementia: A meta-analysis of randomized control trials. Ageing Res Rev. 2016;25:13-23.

Lista I, Sorrentino G. Biological mechanisms of physical activity in preventing cognitive decline. Cell Mol Neurobiol. 2010;30(4):493-503.

Draganski B, Gaser C, Busch V, Schuierer G, Bogdahn U, May A. Neuroplasticity: changes in grey matter induced by training. Nature. 2004;427(6972):311-2.

Thompson WR, Gordon NF, Pescatello LS, American College of Sports Medicine. ACSM's guidelines for exercise testing and prescription. 2010.

Barbour KA, Blumenthal JA. Exercise training and depression in older adults. Neurobiol Aging. 2005;26(1):119-23.

Beavers KM, Beavers DP, Martin SB, Marsh AP, Lyles MF, Lenchik L, et al. Change in bone mineral density during weight loss with resistance versus aerobic exercise training in older adults. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2017;72(11):1582-5.

Downloads

Publicado

2019-12-13

Como Citar

1.
Oliveira RA de, Soares VN, Sampaio RAC, Fernandes PT. Influência da caminhada na cognição e composição corporal de mulheres idosas. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 13º de dezembro de 2019 [citado 29º de março de 2024];24:1-7. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/13985

Edição

Seção

Artigos Originais