Fatores associados à participação em programas comunitários de atividade física: Pesquisa Nacional de Saúde 2019
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.29e0353Palavras-chave:
Saúde pública, Epidemiologia, Acesso aos serviços de saúde, Políticas públicasResumo
Apesar dos investimentos realizados ao redor do mundo, seja no âmbito acadêmico, seja na implementação de políticas públicas, os níveis de atividade física não têm aumentado a contento. Assim, o objetivo deste trabalho é identificar quais os fatores que influenciam na participação em Programas Comunitários de Atividade Física na realidade brasileira. Para isso, utilizando a Pesquisa Nacional de Saúde 2019, investigou-se 20.014 sujeitos considerando como desfecho a participação nesses programas, com variáveis independentes divididas em biológicas e sociodemográficas. Para a análise dos dados utilizou-se da regressão logística binária, com p < 0,05, através do software Jamovi® versão 2.3.21. Observou-se que pessoas do gênero feminino (OR = 1,54; IC 95%: 1,40 - 1,69), “pessoas idosas” (OR = 1,10; IC 95%: 1,01 - 1,21) e pessoas “não brancas” (OR = 1,51; IC95%: 1,38 - 1,66) apresentaram chances elevadas de participação nos Programas Comunitários de Atividade Física. Para o segundo bloco, identificou-se que quem apresentou renda acima de cinco salários mínimos tiveram chances reduzidas em 34% (OR = 0,66; IC 95%: 0,57 - 0,76) quando comparados aos que relataram renda de até um salário, e, os que residiam próximo aos locais públicos para lazer apresentaram chances elevadas de participação (OR = 1,71; IC 95%: 1,52 - 1,92). Em suma, aspectos biológicos e sociodemográficos influenciaram na participação em Programas Comunitários de Atividade Física, contudo, a existência de locais públicos de lazer próximos às residências foi o fator de maior impacto evidenciado.
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