Prática de atividade física e desigualdades em idosos antes e após a COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.28e0313Palavras-chave:
Atividade física, Desigualdade, Iniquidade, Coorte, IdososResumo
O objetivo do estudo foi verificar modificações na prevalência de atividade física (AF) e desigualdades em idosos acompanhados antes e após o período de distanciamento social causado pela COVID-19. Trata-se de estudo prospectivo conduzido na zona urbana da cidade de Pelotas-Rio Grande do Sul, onde idosos foram acompanhados no ano de 2019/20 e 2021/22. A prevalência de AF foi avaliada através do IPAQ nos domínios do lazer e deslocamento avaliados de forma conjunta. Foram classificados como ativos fisicamente aqueles que realizavam ≥ 150 min/sem. As covariáveis/estratificadores avaliadas foram sexo, idade, cor da pele, classe econômica, escolaridade e morbidades. As desigualdades simples foram avaliadas através das diferenças e das razões da prevalência de AF e as desigualdades complexas através do índice de desigualdade (SII) e o índice de concentração (CIX). Os resultados indicaram que houve redução da prevalência de AF de 2019/20 para 2021/22 e que essas modificações ocorreram em todos os grupos populacionais, variando em termos de magnitude de declínio. O SII mostrou aumento da desigualdade entre os mais pobres em comparação aos mais ricos e redução da desigualdade em relação à idade, escolaridade e morbidades. Concluiu-se que a redução da AF ocorreu em todos os grupos populacionais. Em termos de desigualdades, houve aumento em termos de classe econômica e, nos casos de redução da desigualdade, tal mudança foi em virtude da diminuição de AF entre as categorias que eram mais ativas, sendo necessário políticas de saúde para resgatar níveis adequados de AF na população estudada.
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