Characterization of the physical education environment and practice in public schools
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.26e0187Palavras-chave:
School environment, Physical infrastructure, Physical education at schoolResumo
O objetivo deste estudo foi identificar o ambiente escolar disponível para o ensino e a prática de educação física em escolas públicas de ensino fundamental. Trata-se de estudo transversal com amostra aleatória e estratificada. Foi realizada uma avaliação do inventário e realizadas entrevistas com os diretores de 12 escolas de Fortaleza, Ceará, Brasil. Os dados obtidos foram categorizados como: disponibilidade e frequência das aulas, desenvolvimento de atividades no recreio, atividades extracurriculares oferecidas, instalações e acesso às mesmas. Os dados foram analisados através das frequências absolutas e relativas descritivas. Os resultados mostraram que todas as escolas envolvidas no estudo oferecem duas aulas de educação física por semana. Nenhuma das escolas desenvolve atividades recreativas durante o recreio. Os dados mostraram que 75% das escolas participantes do estudo oferecem atividades extracurriculares gratuitas. Entre elas, o futsal foi a opção mais popular (58,3%). Além disso, 75% das escolas possuíam instalações esportivas internas, enquanto algumas escolas não dispunham de espaço adequado para realizar as aulas. No grupo de escolas com instalações, 90% possuíam traves e 70% tinham pelo menos um tipo de marcação para esportes no piso, como futsal, basquete ou vôlei. Apenas uma escola possuía uma sala de recreação, pátio e horta. Concluímos que os resultados apontam para uma direção favorável ao ensino e à prática da educação física nas escolas. Nós discutimos como um ambiente adequado nas escolas ajuda os alunos a fazer melhores escolhas de estilo de vida e fornece ao professor a oportunidade de desenvolver completamente suas aulas e promover a saúde dos alunos.
Downloads
Referências
Mélo EN, Barros M, Hardman C, Siqueira M, Wanderlei Júnior R, Oliveira E. Associação entre o ambiente da escola de educação infantil e o nível de atividade física de crianças pré-escolares. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2013;18(1):53-62.
Altavilla G, Di Tore PA. Physical education during the first school cycle: a brief social psych pedagogical summary. J Phys Educ. 2016;16(2):340-4.
Bonamino A, Lima NCM. Aspectos da gestão escolar e efeitos no desempenho dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. In Martins AM et al. (eds.). Políticas e gestão da educação: desafios em tempos de mudanças. Campinas: Autores Associados. 2013, p. 92-117.
Tani G, Basso L, Silveira SR, Correia WR, Corrêa UC. O ensino de habilidades motoras esportivas na escola e o esporte de alto rendimento: discurso, realidade e possibilidades. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2013;27(3):507-18.
Duarte J, Gargiulo C, Moreno M. School infrastructure and learning in Latin American elementary education: an analysis based on the SERCE. [s.l.]: Inter-American Development Bank, Education Division (SCL/EDU). 2011.
Silva AAP, Lopes AAS, Prado CV, Hino AAF, Reis RS. Características do ambiente físico e organizacional para a prática de atividade física nas escolas de Curitiba, Brasil. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2018;23:e0027.
Fortaleza. Prefeitura Municipal. Rede de ensino: ensino fundamental. 2019. Retrieved from <http://educacao.fortaleza.ce.gov.br/index.php/rede-de-ensino/ensino-fundamental>.
Tenório MCM, Tassitano RM, Lima MC. Conhecendo o ambiente escolar para as aulas de Educação Física: existe diferença entre as escolas? Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2012;17(4):307-13.
Secretaria Municipal de Educação. Diretrizes: matrícula 2016. Fortaleza. 2015. Retrieved from <http://www.sme.fortaleza.ce.gov.br/educacao/files/2015/DIRETRIZES_ MATRICULA_2015_16_01.pdf>.>
Brasil, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Conselho Nacional da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica/ Ministério da Educação. Brasília: MEC, SEB, DICEI. 2013.
Prazeres Filho A, Mendonça G, Souza Neto JM, Tassitano RM, Silva ABP, Farias Júnior JC. Attendance in Physical Education classes and associated factors among high school students. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2019;24:e0083.
Magalhães CHF, Martineli TAP. Soluções formais no enfrentamento dos problemas da prática escolar: o estranhamento dos professores de educação física escolar. Motrivivência. 2011; 36:214-35.
Brasil, Ministério da Educação. Notas estatísticas censo escolar 2016. Brasília: MEC. 2017.
Dias AF, Lemes VB, Brand C, Mello JB, Gaya AR, Gaya ACA. Associação entre estrutura da escola com a atividade física na aula de educação física e no recreio. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2017;19(2):164-73.
Fortaleza. Plano Municipal da Educação de Fortaleza (2015 – 2025). Diário Oficial do Município nº15.549. 2015.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa nacional de saúde escolar. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2016.
Aljuhani O, Sandercock G. Contribution of physical education to the daily physical activity of schoolchildren in Saudi Arabia. Int J Environ Res Publ Health. 2019;16(13):1–12.
Khorana P, Koch PA, Trent R, Gray HL, Wolf RL, Contento IR. The effects of wellness in the schools (WITS) on physical activity during recess in New York City public schools. Phys Activ Health. 2019;3(1):117-26.
Stapp AC, Karr JK. Effect of recess on fifth-grade students' time on-task in an elementary classroom. Int Electron J Elem Educ. 2018;10(4):449-56.
Mota J, Silva P, Santos MP, Ribeiro JC, Oliveira J, Duarte JA. Physical activity and school recess time: differences between the sexes and the relationship between children’s playground physical activity and habitual physical activity. J Sports Sci. 2005;23(3):269-75.
Haapala HL, Hirvensalo MH, Laine K, Laakso L, Hakonen H, Lintunen T, Tammelin TH. Differences in physical activity at recess and school-related social factors in four Finnish lower secondary schools. Health Educ Res. 2017;32(6):499-512.
Morton KL, Atkin AJ, Corder K, Suhrcke M, Van Sluijs EMF. The school environment and adolescent physical activity and sedentary behaviour: A mixed-studies systematic review. Obes Rev. 2016;17(2):142-58.
Balyer A, Gunduz Y. Effects of structured extracurricular facilities on students’ academic and social development. Procedia - Social and Behavioral Sciences. 2012; 46:4803-7.
Shulruf B, Tumen S, Tolley H. Extracurricular activities in school, do they matter? Child Youth Serv Rev. 2008;30(4):418-26.
Alves FR. Fatores motivacionais para a prática do Futsal em adolescentes entre 11 e 17 anos. Rev Bras Futsal Futebol. 2015;7(27):579-85.
Batista MDSA, Mondini L, Jaime PC. Ações do Programa Saúde na Escola e da alimentação escolar na prevenção do excesso de peso infantil: experiência no município de Itapevi, São Paulo, Brasil, 2014. Epidemiol Serv Saúde. 2017;26(3):569-78.
Prado CV, Farias Júnior JCD, Czestschuk B, Hino AAF, Reis RS. Physical activity opportunities in public and private schools from Curitiba, Brazil. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2018;20(3):290-9.
Mota MM, Torres AL, Alves BO, Ferreira HS. Physical education in school: physical spaces and materials in a public school in Fortaleza. Motricidade. 2017;13(S1):70-5.
Rufino LGB, Benites LC, Souza Neto S. Os desafios para o desenvolvimento do trabalho docente na perspectiva de professores de educação física. Corporescência. 2017;21(3):55-65.
Rutten C, Boen F, Seghers J. How school social and physical environments relate to autonomous motivation in physical education: The mediating role of need satisfaction. J Teach Phys Educ. 2012;31(3):216-30.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Ricardo Hugo Gonzalez, Marcela de Castro Ferracioli-Gama, Luzia Vanessa Alves de Lima, Ítalo Nunes Braga, Thereza Maria Magalhães Moreira, Márcia Maria Tavares Machado
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao submeter um manuscrito à Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, os autores mantêm a titularidade dos direitos autorais sobre o artigo, e autorizam a Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde a publicar esse manuscrito sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 e identificá-la como veículo de sua publicação original.