Barriers to leisure-time physical activity in adults living in a low socioeconomic area of the Brazilian Southeast
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.23e0041Palavras-chave:
exercício físicoResumo
O objetivo deste estudo foi descrever as principais barreiras à prática de atividade física no tempo de lazer e fatores associados em adultos do distrito de Ermelino Matarazzo, município de São Paulo, Sudeste, Brasil. Utilizou-se dados de inquérito domiciliar de base populacional de 2007, com 889 sujeitos com 18 anos ou mais de idade. Aplicou-se Questionário Internacional de Atividades Físicas versão longa, questão aberta sobre barreiras foi aplicada somente aos fisicamente inativos no lazer e análise de conteúdo conduzida para categorizá-las. Foram realizadas análises de associação bivariadas entre as cinco barreiras mais relatadas com variáveis sociodemográficas, autorrelato de doenças crônicas, estado nutricional, tempo de trabalho, tempo gasto com deslocamentos e hábito de assistir utilizando-se o teste qui-quadrado. Os resultados mostraram que as cinco barreiras mais prevalentes foram falta de tempo (39,7%), falta de vontade ou motivações (18,4%), não gostar de fazer exercícios (6,3%), problemas de saúde (5,6%) e falta de dinheiro (3,6%). Os grupos vulneráveis à falta de tempo eram pessoas casadas, jovens e de meia-idade e com jornada de trabalho mais longa. Os problemas de saúde foram relatados por pessoas com hipertensão, diabetes, cardiopatias, idosos, pessoas com baixa escolaridade e que não trabalhavam. Pessoas com baixa escolaridade e renda, que não trabalham, e com hipertensão reportaram mais não gostar de se exercitar. A falta de vontade ou motivação foi mais citada entre pessoas que assistiam televisão. Esses resultados são importantes para embasar programas comunitários de promoção da atividade física no tempo de lazer em regiões de baixo nível socioeconômico.
Downloads
Referências
Ciolac EG, Guimarães GV. Exercício físico e síndrome metabólica. Rev Bras Med Esporte. 2004;10(4):319-24.
World Health Organization. Global action plan on physical activity 2018–2030: more active people for a healthier world. Geneva: World Health Organization, 2018.
Stella F, Gobbi S, Corazza DI, Costa JLR. Depressão no idoso: diagnóstico, tratamento e benefícios da atividade física. Motriz. 2002;8(3):91-8.
World Health Organization. Global recommendations on physical activity for health. Geneva, 2010.
Florindo AA, Hallal PC, Moura ECD, Malta DC. Prática de atividades físicas e fatores associados em adultos, Brasil, 2006. Rev Saude Publica. 2009;43:65-73.
Mielke GI, Hallal PC, Malta DC, Lee IM. Time trends of physical activity and television viewing time in Brazil: 2006-2012. Int J Behav Nutr Phys Act. 2014;11(1):101.
Florindo AA, Salvador EP, Reis RS, Guimarães VV. Percepção do ambiente e prática de atividade física em adultos residentes em região de baixo nível socioeconômico. Rev Saude Publica. 2011;45:302-10.
Salvador EP, Florindo AA, Reis RS, Costa EF. Percepção do ambiente e prática de atividade física no lazer entre idosos. Rev Saude Publica. 2009;43:972-80.
Sallis JF, Bull F, Guthold R, Heath GW, Inoue S, Kelly P, et al. Progress in physical activity over the Olympic quadrennium. Lancet. 2016;388(10051):1325-36.
Fox AM, Mann DM, Ramos MA, Kleinman LC, Horowitz CR. Barriers to physical activity in East Harlem, New York. J Obes. 2012;2012:8.
Herazo-Beltrán Y, Pinillos Y, Vidarte J, Crissien E, Suarez D, García R. Predictors of perceived barriers to physical activity in the general adult population: a cross-sectional study. Braz J Phys Ther. 2017;21(1):44-50.
Reichert FF, Barros AJ, Domingues MR, Hallal PC. The role of perceived personal barriers to engagement in leisure-time physical activity. Am J Public Health. 2007;97(3):515-9.
Rech CR, Camargo EMD, Araujo PABD, Loch MR, Reis RS. Perceived barriers to leisure-time physical activity in the brazilian population Rev Bras Med Esporte. 2018;24(4):303-9.
Fundação Seade. Sistema Estadual de Análise de Dados. Portal de Estatísticas do Estado de São Paulo. Informações dos Municípios Paulistas. Brasil: 2018.
Observatório Rede Nossa São Paulo. Indicadores separados por região do município de São Paulo. Brasil, 2018.
Hallal PC, Gomez LF, Parra DC, Lobelo F, Mosquera J, Florindo AA , et al. Lessons learned after 10 years of IPAQ use in Brazil and Colombia. J Phys Act Health. 2010;7(2 Suppl):S259-64.
Matsudo S, Araújo T, Matsudo V, Andrade DR, Andrade E, Oliveira LC, et al. Questinário internacional de atividade física (IPAQ): estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2001;6(2):05-18.
Garcia LMT, Osti RFI, Ribeiro EHC, Florindo AA. Validação de dois questionários para a avaliação da atividade física em adultos. Rev Bras Ativ Fis Saúde. 2013;18(3):317-31.
Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições. 2004;70.
Câmara RH. Content analysis: from theory to practice in social research applied to organizations. Gerais Rev Interinst Psicol. 2011;6(2):179-91.
Sousa TF, Santo SFD, José HPM. Barreiras percebidas à prática de atividade física no nordeste do Brasil. Pensar Prát. 2010;13(1):1-15.
Cerin E, Leslie E, Sugiyama T, Owen N. Perceived barriers to leisure-time physical activity in adults: an ecological perspective. J Phys Act Health. 2010;7(4):451-59.
Nogueira JAD, Sousa AFM. Barreiras percebidas e etapas de mudança de comportamento relacionadas à prática de atividade física em professores de escolas públicas. Rev Bras Ciênc Mov. 2012;20(1):65-70.
Rigoni PAG, do Nascimento Junior JRA, de Souza Costa GNF, Vieira LF. Estágios de mudança de comportamento e percepção de barreiras para a prática de atividade física em universitários do curso de Educação Física. Rev Bras Ativ Fís Saúde 2012;17(2):87-92.
Silva SGD, Silva MCD, Nahas MV, Viana SL. Fatores associados à inatividade física no lazer e principais barreiras na percepção de trabalhadores da indústria do Sul do Brasil. Cad Saude Publica. 2011;27:249-59.
Lee RE, Cubbin C. Striding toward social justice: the ecologic milieu of physical activity. Exerc Sport Sci Rev. 2009;37(1):10-7.
Gobbi S, Caritá LP, Hirayama MS, Quadros Junior ACD, Santos RF, Gobbi LTB. Comportamento e barreiras. Psicol Teor Pesqui. 2008;451-8.
Silva KS, Del Duca GF, Garcia LM, da Silva JA, Bertuol C, Oliveira ES, et al. Barriers associated with frequency of leisure-time physical activity among Brazilian adults of different income strata. Scand J Med Sci Sports. 2016;26(2):206-13.
Smith KL, Carr K, Wiseman A, Calhoun K, McNevin NH, Weir PL. Barriers are not the limiting factor to participation in physical activity in canadian seniors. J Aging Res. 2012;2012:8.
Morais E, Lima PF, Santos C. Barreiras para a prática de exercício físico regular em indivíduos com fatores de risco cardiovascular. Saude Colet. 2010;7(45):282-7
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Michele Santos Cruz, Leandro Martin Totaro Garcia, Douglas Roque Andrade, Alex Antonio Florindo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao submeter um manuscrito à Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, os autores mantêm a titularidade dos direitos autorais sobre o artigo, e autorizam a Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde a publicar esse manuscrito sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 e identificá-la como veículo de sua publicação original.