Função sexual e aptidão cardiorrespiratória de coronariopatas e hipertensos praticantes de dança
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.v.20n4p366Palavras-chave:
Disfunção erétil, Doenças Cardiovasculares, Terapias através da DançaResumo
Existe relação entre disfunção sexual e doenças cardiovasculares, sendo o exercício físico eficaz no tratamento de ambos. A dança de salão tem proporcionado efeitos cardiovasculares semelhantes aos exercícios convencionais, sendo também plausível a hipótese beneficiar a função sexual. O objetivo deste estudo foi comparar a função sexual e a aptidão cardiorrespiratória de coronariopatas e hipertensos praticantes de dança de salão e de seus pares participantes de programa convencional de reabilitação cardiovascular e sedentários. Estudo transversal, com 102 indivíduos de ambos os sexos (69 homens e 33 mulheres), avaliados nos grupos: dança de salão (GD; n = 34; 66,47 ± 6,66 anos), reabilitação cardiovascular (GR; n = 34; 66,61 ± 6,3) e sedentários (GS; n = 34; 66,17 ± 6,73). Para avaliar a função sexual foram utilizados o Índice Internacional de Função Erétil (IIEF) e o Índice de Função Sexual Feminina (IFSF). Foi realizado teste cardiopulmonar para determinar a capacidade cardiorrespiratória. Na análise estatística foram utilizados o teste Korgomorov-Smirnov, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e análise de regressão logística com nível de significância de 5%. Homens e mulheres praticantes de dança de salão demonstraram menor possibilidade de apresentar disfunção sexual (OR= 0.352; p = 0.020; OR= 1.05; p = 0.041, respectivamente). GD apresentou VO2pico e VO2 no primeiro limiar ventilatório maior que os outros grupos (<0.001), e VO2pico 16% maior que o GR e 21% maior que o GS. Os resultados demonstraram que coronariopatas e hipertensos praticantes de dança de salão possuem maior capacidade cardiorrespiratória e menor chance de disfunção sexual em comparação a participantes no programa de reabilitação convencional e sedentário.
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