Descrição da atividade física e da jornada de trabalho na qualidade de vida de profissionais de terapia intensiva: Comparação entre um grande centro urbano e uma cidade do interior brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.v.20n4p386Palavras-chave:
Jornada de trabalho, Unidades de terapia intensiva, Atividade motora, Estilo de vida sedentário, Estresse ocupacional, Qualidade de vidaResumo
O objetivo deste estudo foi comparar a qualidade de vida dos diversos profissionais que trabalham em terapia intensiva considerando o nível de atividade física, a jornada de trabalho e o local de residência. Trata-se de um estudo transversal realizado em quatro Unidades de Terapia Intensiva de uma capital brasileira e em três de uma região interiorana do sertão brasileiro. O nível de atividade física foi avaliado pelo IPAQ versão curta e a qualidade de vida foi analisada mediante o questionário SF-36, ambos aplicados em forma de entrevista. Participaram do estudo 280 profissionais médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem. Embora tenha sido observado que a maior parte dos profissionais apresentou elevada jornada de trabalho, este fator não influenciou na qualidade de vida. Os indivíduos ativos apresentaram melhores escores nos domínios referentes à limitação por aspectos físicos (p = 0,010); aspecto social (p = 0,043) e saúde mental (p = 0,014). Profissionais com elevada jornada de trabalho e que se mantinham ativos apresentaram melhor escore do domínio capacidade vital em relação aos indivíduos inativos (p = 0,028). Os profissionais residentes no interior apresentaram maior escore para o domínio saúde mental (p = 0,034). O nível de atividade física foi a variável que mais influenciou nos escores de qualidade de vida e garantiu aos profissionais que trabalham em regime elevado melhor escore no domínio capacidade vital.
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