Desigualdades socioeconômicas na percepção do ambiente de mobilidade ativa
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.v.20n3p297Palavras-chave:
Atividade motora, Ambiente urbano, Avaliação percebidaResumo
O objetivo do estudo foi descrever a percepção do ambiente relacionado à mobilidade ativa pela população de Santos (São Paulo, Brasil), comparando distintas regiões do município caracterizadas por diferentes níveis socioeconômicos. Foram escolhidos de forma proporcional e aleatória 10 setores censitários da cidade de Santos. Em cada setor foi realizado a aplicação do questionário Neighborhood Environment Walkability Scale (News - Brasil). Para coletada de dados foram abordados 30 indivíduos de cada setor avaliado, sendo estas pessoas que circulavam na rua e se identificavam como moradoras do setor, assim, a amostra foi composta por 300 indivíduos. Na análise dos dados foi utilizada análise fatorial exploratória a fim de reduzir os parâmetros avaliados em fatores compostos. Foi verificada a diferença dos fatores observados em cada região do município por meio do teste de Kruskal-Wallis. Houve diferenças significativas entre os setores de maior e menor nível socioeconômico. O setor de maior nível socioeconômico apresenta a percepção positiva sobre a proximidade dos estabelecimentos, a existência de facilitadores para a prática de atividades físicas e a segurança relacionada ao tráfego e à criminalidade quando comparado com o de menor nível socioeconômico que teve percepção positiva em relação a proximidade de locais de lazer e segurança com a vizinhança. Deste modo, observa-se que a houve desigualdade socioeconômica na percepção do ambiente construído podendo esta influenciar o nível de atividade física da população, havendo assim, necessidade de mais estudos e revisão no planejamento de políticas públicas relacionadas à construção e manutenção de facilitadores da prática de atividade física no ambiente urbano.
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