“Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa”? Um ensaio sobre educação física e saúde na escola
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.v.19n4p429Palavras-chave:
Educação Física, Promoção da saúde, EscolaResumo
Este ensaio objetiva revisitar as bases conceituais para a abordagem de saúde na educação física escolar brasileira, apresentar suas críticas e refletir sobre a aproximação (ou distanciamento) com o ideário de promoção da saúde. Foi possível traçar a coexistência de, ao menos, três correntes teóricas com interesse particular nos temas da saúde, entre elas a aptidão física relacionada à saúde, a abordagem crítica e a atividade física e saúde com foco principal em conhecimentos oriundos da epidemiologia. Entendemos que a compreensão de promoção da saúde tem sido tratada com superficialidade teórica, isolada em ações voltadas ao aumento nas práticas de atividade física e estritamente comportamentais algo insuficiente para que a educação física opere junto ao ideário de promoção da saúde. Conclui-se que a educação física escolar é um espaço potente para que a promoção da saúde seja viabilizada a partir de um encontro entre as vertentes humanas/sociais e biológicas/saúde, para além de uma abordagem isolada ou fragmentada. Entendemos que os valores fundamentais para a viabilização do ideário de promoção da saúde podem se fazer presentes na educação física escolar, desde que se considere o ideário de promoção da saúde para além de uma abordagem comportamental.
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