Autopercepção de saúde em adolescentes: prevalência e associação com fatores de risco cardiovascular
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.v.18n6p750Palavras-chave:
Saúde do adolescente, Estilo de vida, Escolares, Estudos transversaisResumo
Objetivo: Verificar a prevalência de autopercepção de saúde negativa e sua associação com fatores sociodemográficas e de risco cardiovascular em adolescentes. Métodos: Estudo transversal, com amostra de 1.134 escolares, idades entre 14-19 anos, da cidade de Santa Maria, RS, Brasil. Os fatores de risco cardiovascular pesquisadas foram: inatividade física, alimentação inadequada, tabagismo, consumo excessivo de álcool, excesso de peso e pressão arterial elevada. A variável dependente investigada foi autopercepção de saúde negativa (regular/ruim). Para análise dos fatores associados foi utilizada regressão de Poisson. Resultados: A prevalência de autopercepção de saúde negativa foi de 25,7% (IC95% 20,8-31,1), superior nas meninas (30,8% vs 19,9%; p<0,001). Adolescentes com uma alimentação inadequada (RP=1,48; IC95% 1,04-2,11), inativos fisicamente (RP=1,33; IC95% 1,13-1,58), fumantes (RP=1,57; IC95% 1,13-2,19) ou com excesso de peso (RP=1,76; IC95% 1,49-2,08) apresentaram risco para autopercepção de saúde negativa. Também foi observada uma associação linear entre o número de fatores de risco cardiovasculares e autopercepção de saúde negativa; adolescentes com quatro ou mais fatores de risco apresentaram uma razão de prevalência para autopercepção de saúde negativa de 2,73 (IC95% 2,07-3,61) se comparado com aqueles sem fatores de risco combinados. Conclusão: Foi encontrada uma elevada prevalência de autopercepção de saúde negativa entre os adolescentes pesquisados. Ser do sexo feminino e apresentar fatores de risco para doenças cardiovasculares foram fatores associados à autopercepção de saúde negativa. Além disso, há uma forte associação entre o número de fatores de risco simultâneos e autopercepção de saúde negativa.
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