Influência de diferentes intervalos de recuperação entre o alongamento estático passivo e desempenho de força muscular
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.v.18n1p86-94Palavras-chave:
Treinamento de força, Alongamento estático, Força muscularResumo
Estudos prévios indicam efeitos deletérios do alongamento muscular prévio sobre a força. Todavia, são escassas as evidências relacionadas aos efeitos de diferentes intervalos de recuperação entre o alongamento muscular e as séries de resistência de força. O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito de diferentes intervalos de recuperação entre o alongamento estático passivo (AEP) e o desempenho de repetições máximas realizadas nos exercícios: voador peitoral (VP) e cadeira extensora (CE). Participaram do estudo 14 homens (22 ± 4 anos, 71 ± 7 kg, 1,75 ± 0,06 m e 23,1 ± 1,7 kg/m2) treinados em média há 2 ± 1 ano. Inicialmente, foi realizado teste e reteste de 10 RM nos exercícios VP e CE em dois dias distintos (intervalo de 48 h). Nas sessões seguintes aplicaram-se cinco protocolos: a) série de resistência de força (SF) sem AEP prévio no VP e CE (TSA); b) SF imediatamente após AEP (TSI); c) SF 5 min após AEP (T5); d) SF 10 min após AEP (T10); e) SF 15 min após AEP (T15), registrando-se o máximo de repetições realizadas com 90% da carga de 10RM sem falha na técnica. Aplicou-se o teste de Shapiro-Wilk e ANOVA one-way para medidas repetidas seguido pelo post hoc de Bonferroni adotando-se p < 0,05. Foram observadas diferenças significativas no número de repetições máximas realizadas no TSI comparado ao TSA, todavia, após intervalos de 5, 10 e 15 min não se verificou diferença significativa entre os protocolos. Os achados do presente estudo confirmam o efeito deletério do AEP sobre a força muscular quando realizados sem intervalo, todavia, intervalos de 5 a 15 min podem possivelmente evitar o comprometimento da resistência muscular durante exercícios monoarticulares em indivíduos treinados.
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