Atuação de gestores na implementação de atividades físicas exitosas no sistema público de saúde brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.30e0402Palavras-chave:
Sistema Único de Saúde, Promoção da saúde, Gestão da saúde da populaçãoResumo
Introdução: Compreender a atuação dos gestores locais é um importante caminho para analisar a atividade física como política pública. Objetivo: Analisar a atuação de gestores de saúde na implementação de intervenções exitosas de atividade física vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Método: Foram entrevistados dez secretários de saúde, ou representantes indicados por eles, de municípios com intervenções consideradas bem-sucedidas em todas as regiões do país. As entrevistas foram orientadas pela pergunta: como a gestão de saúde local atua na implementação de intervenções de atividade física no SUS? O roteiro de entrevista foi baseado nas etapas do ciclo de políticas públicas e os relatos foram analisados qualitativamente por meio de análise de conteúdo dedutiva. Resultados: Os discursos dos gestores foram superficiais nas fases de identificação de problemas, formação de agenda, formulação de alternativas e tomada de decisão. No entanto, na fase de implementação, os gestores relataram apoiar as ações de atividade física por meio de parcerias, financiamento, incentivo aos profissionais e sensibilização pessoal. Para avaliação, os relatos dos participantes e dos profissionais foram utilizados para medir o êxito das intervenções. Conclusão: Aspectos importantes do planejamento de políticas públicas de atividade física não foram abordados de forma aprofundada pelos gestores. No entanto, os esforços de gestores, profissionais de saúde e outros stakeholders permitiram a criação de um histórico de sucesso na promoção de atividades físicas no SUS, apesar da falta de macro políticas públicas estruturantes oriundas do governo federal.
Downloads
Referências
1. Ranasinghe PD, Pokhrel S, Anokye NK. Economics of physical activity in low-income and middle- income countries: a systematic review. BMJ Open. 2021;11:e037784.
2. Simões EJ, Hallal PC, Siqueira FV, Schmaltz C, Menor D, Malta DC, et al. Effectiveness of a scaled up physical activity intervention in Brazil: A natural experiment. Prev Med. 2017;103S:S66-S72.
3. World Health Organization, WHO. Global action plan on physical activity 2018–2030: more active people for a healthier world. Genebra; 2018.
4. Kim TY, Lee YS, Yu EJ, Kim MS, Yang SY, Hur YI, et al. Effects of a mobile healthcare service provided by public health centers on practicing of health behaviors and health risk factors. Nutr Res Pract. 2019;13(6):509-20.
5. Furtado KS, Budd EL, Armstrong R, Pettman T, Reis R, Sung-Chan P, et al. A cross-country study of mis-implementation in public health practice. BMC Public Health. 2019;19(1):270.
6. Tenório MCM, Coelho-Ravagnani C, Umpierre D, Andrade DR, Autran R, Barros MVG, et al. Physical Activity Guidelines for the Brazilian Population: development and methods. J Phys Act Health. 2022;19(5):367–73.
7. Umpierre D, Coelho-Ravagnani C, Tenório MC, Andrade DR, Autran R, Barros MVG, B, et al. Physical Activity Guidelines for the Brazilian Population: Recommendations Report. J Phys Act Health. 2022;19(5):374-81.
8. Benedetti TRB, Rech CR, Sandreschi PF, Manta SW, Cruz DKA, Mendonça BCA. Best practices for physical activity in Primary Health Care settings: a concept elaboration study. Saúde e Pesq. 2020;3(3):503-13.
9. Piggin J. What Is Physical Activity? A holistic definition for teachers, researchers and policy makers. Front Sports Act Living. 2020;2(72).
10. Cooper J, Murphy J, Woods C, Van Nassau F, McGrath A, Callaghan D, et al. Barriers and facilitators to implementing community-based physical activity interventions: a qualitative systematic review. Int J Behav Nutr Phys Act. 2021;18(118).
11. Glasgow RE, Harden SM, Gaglio B, Rabin B, Smith ML, Porter GC, et al. RE-AIM planning and evaluation framework: adapting to new science and practice with a 20-year review. Front Public Health. 2019;29(7):64.
12. Pogrmilovic BK, O'Sullivan G, Milton K, Biddle SJH, Bauman A, Bull F, et al. A global systematic scoping review of studies analysing indicators, development, and content of national-level physical activity and sedentary behaviour policies. Int J Behav Nutr Phys Act. 2018;15(123).
13. Cranley LA, Cummings GG, Profetto-McGrath J, Toth F, Estabrooks CA. Facilitation roles and characteristics associated with research use by healthcare professionals: a scoping review. BMJ Open. 2017;7(8):e014384.
14. Curry LA, Nembhard IM, Bradley EH. Qualitative and mixed methods provide unique contributions to outcomes research. Circulation. 2009;119(10):1442-52.
15. Pogrmilovic BK, O'Sullivan G, Milton K, Biddle SJH, Bauman A, Bellew W, et al. The development of the Comprehensive Analysis of Policy on Physical Activity (CAPPA) framework. Int J Behav Nutr Phys Act. 2019;16(60).
16. Elo S, Kääriäinen M, Kanste O, Pölkki T, Utriainen K, Kyngäs H. Qualitative Content Analysis: a focus on trustworthiness. SAGE Open. 2014;4(1).
17. Faria RM. The territorialization of primary health care in the Brazilian unified health system. Cien Saude Colet. 2020;25(11).
18. Enes CC, Nucci LB. A Telephone Surveillance System for Noncommunicable Diseases in Brazil. Public Health Rep. 2019;134(4):324-7.
19. Racine NA, Hoye AV, Boyd A, Jackson F, Garbarino JM, Massiera B, et al. A scoping review of published research on local government policies promoting health-enhancing physical activity. Int J Sport Policy Politics. 2020;12(4):747-63.
20. Brazil. Ministry of Health. Physical Activity Guidelines for Brazilian Population: recommendations for managers and health professionals. Brasilia; 2021.
21. Manta SW, Silva KS, Del Duca GF, Malheiros LEA, Malheiros M, Silva AF, et al. Physical activity clusters and income inequality in Brazilian adults. J Phys Act Health. 2020;17(9):859–66.
22. Ding D, Kolbe-Alexander T, Nguyen B, Katzmarzyk PT, Pratt M, Lawson KD. The economic burden of physical inactivity: a systematic review and critical appraisal. Br J Sports Med. 2017;51(19):1392-1409.
23. Becker LA, Rech CR, Hino AAF, Reis RS. Tomada de decisão baseada em evidências e promoção da atividade física entre secretários municipais de saúde. Rev Saude Publica. 2018;52(90).
24. Brownson RC, Reis RS, Allen P, Duggan K, Fields R, Stamatakis KA, et al. Understanding administrative evidence-based practices: findings from a survey of local health department leaders. Am J Prev Med. 2014;46(1):49–57.
25. Viana ALD, Bousquat A, Melo GA, Negri Filho A, Medina MG. Regionalization and Health Networks. Ciênc Saúde Colet. 2018;23(6):1791-98.
26. Carvalho F, Almeida ER, Loch MR, Knuth AG. Body practices and physical activities in the tripartite management of the SUS: organizational structure, financing and supply. Ciênc Saúde Colet. 2022;27(6):2163-74.
27. Barboni VGAV, Carvalho YM, Souza VH. Public health training in physical education curricula: a current portrait. Movimento. 2021;27:e27065.
28. Tasca R, Massuda A, Carvalho WM, Buchweitz C, Harzheim E. Recommendations to strengthen primary health care in Brazil. Rev Panam Salud Publica. 2020;44:e4.
29. Fynn JF, Hardeman W, Milton K, Murphy J, Jones A. A systematic review of the use and reporting of evaluation frameworks within evaluations of physical activity interventions. Int J Behav Nutr Phys Act. 2020;17(1):107.
30. Silva AG, Prates EJS, Malta DC. Avaliação de programas comunitários de atividade física no Brasil: uma revisão de escopo. Cad Saúde Pública. 2021;37(5).
31. Glasgow RE. Evaluation of theory-based interventions. In: Glanz K, Rimer BK, Viswanath K, editors. Health Behavior and Health Education: theory, research and practice. San Francisco: Jossey-Bass, 2002.

Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Paula Fabricio Sandreschi, Sofia Wolker Manta, Tânia Rosane Bertoldo Benedetti

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao submeter um manuscrito à Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, os autores mantêm a titularidade dos direitos autorais sobre o artigo, e autorizam a Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde a publicar esse manuscrito sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 e identificá-la como veículo de sua publicação original.