Associação entre prática de atividade física e aptidão cardiorrespiratória em adolescentes

Autores

  • Márcio Botelho Peixoto Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Educação Física, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1939-5773
  • Thiago Terra Borges Instituto Federal Sul-rio-grandense, Departamento de Educação Física, Câmpus Pelotas, Pelotas, Rio Grande Sul, Brasil. Instituto Federal de Sul-rio-grandense, Especialização em Esporte Escolar, Câmpus Pelotas, Pelotas, Rio Grande Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4587-468X
  • Felipe Fossati Reichert Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Educação Física, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-0951-9875

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.29e0336

Palavras-chave:

Atividade motora, Adolescentes, Consumo de oxigênio, Estudo transversal

Resumo

O objetivo do estudo foi verificar a associação entre diferentes volumes de atividade física moderada e/ou vigorosa durante o lazer e  aptidão cardiorrespiratória (ACR) adequada em adolescentes de ambos os sexos. A atividade física moderada (AFM), vigorosa (AFV) ou moderada-vigorosa (AFMV) de lazer foi avaliada por meio de questionário e a ACR foi medida com o teste de vai-e-vem de 20m. Foram utilizados modelos de Regressão Poisson para análises. As AFM, AFV ou AFMV no lazer foram categorizadas de acordo com três limiares de atividade física no lazer (150, 300 e 420 min/sem). Foram consideras para as análises de associação as AFM, AFV e AFMV, de acordo com o compêndio de atividade físicas para adolescentes. A prática de AFMV no lazer por pelo menos 420 min/sem obteve a maior probabilidade de ACR adequada (RP = 2,03; IC 95%: 1,18 – 3,51). Na mesma direção, a prática de AFV por pelo menos 150 min/sem também foi estatisticamente significativa (RP = 1,72; IC95%: 1,07 – 2,80). Os resultados indicaram uma associação positiva entre prática de atividade física no lazer e ACR, independentemente da intensidade e limiar de tempo, enfatizando que a participação em ambas as intensidades de atividade física no lazer estão associadas aos níveis adequados de aptidão cardiorrespiratória.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Guia de Atividade Física para a População Brasileira [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Departamento de Promoção da Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021. 54 p.: il.

Piercy KL, Troiano RP, Ballard RM, Carlson SA, Fulton JE, Galuska DA, et al. The Physical Activity Guidelines for Americans. JAMA. 2018;320(19):2020–8. doi: https://doi.org/10.1001/jama.2018.14854. DOI: https://doi.org/10.1001/jama.2018.14854

Garber CE, Blissmer B, Deschenes MR, Franklin BA, Lamonte MJ, Lee IM, et al. American College of Sports Medicine position stand. Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise. Med Sci Sports Exerc. 2011;43(7):1334-59. doi: https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e318213fefb. DOI: https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e318213fefb

van Sluijs EMF, Ekelund U, Crochemore-Silva I, Guthold R, Ha A, Lubans D, et al. Physical activity behaviours in adolescence: current evidence and opportunities for intervention. Lancet. 2021;398(10298):429–42. doi: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(21)01259-9. DOI: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(21)01259-9

Janssen I. Physical. activity guidelines for children and youth. Can J Public Health. 2007;98 Suppl 2:109–21. doi: https://doi.org/10.1139/H07-109. DOI: https://doi.org/10.1139/H07-109

Ramires VV, dos Santos PC, Barbosa Filho VC, Bandeira A da S, Marinho Tenório MC, de Camargo EM, et al. Physical Education for Health Among School-Aged Children and Adolescents: A Scoping Review of Reviews. J Phys Act Health. 2023;20(7):586–99. doi: https://doi.org/10.1123/jpah.2022-0395. DOI: https://doi.org/10.1123/jpah.2022-0395

WHO. Global Recommendations on Physical Activity for Health. Geneva: World Health Organization. 2010.

Strong WB, Malina RM, Blimkie CJR, Daniels SR, Dishman RK, Gutin B, et al. Evidence Based Physical Activity for School-age Youth. J Pediatr. 2005;146(6):732–7. doi: https://doi.org/10.1016/j.jpeds.2005.01.055. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jpeds.2005.01.055

Janssen I, Leblanc AG. Systematic review of the health benefits of physical activity and fitness in school-aged children and youth. Int J Behav Nutr Phys Act. 2010;7:40. doi: https://doi.org/10.1186/1479-5868-7-40.

Morrow JR Jr., Tucker JS, Jackson AW, Martin SB, Greenleaf CA, Petrie TA. Meeting physical activity guidelines and health-related fitness in youth. Am J Prev Med. 2013 May;44(5):439–44. doi: https://doi.org/10.1016/j.amepre.2013.01.008. DOI: https://doi.org/10.1016/j.amepre.2013.01.008

Ortega F, Ruiz J, Castillo M, Sjöström M. Physical fitness in childhood and adolescence: a powerful marker of health. Int J Obes. 2008;32(1):1–11. doi: https://doi.org/10.1038/sj.ijo.0803774.

Leger LA, Lambert J. A maximal multistage 20-m shuttle run test to predict VO2 max. Eur J Appl Physiol Occup Physiol. 1982;49(1):1–12. doi: https://doi.org/10.1007/BF00428958.

Añez CRR, Hino AAFerreira. Manual prático para a aplicação do teste de Vai-e-Vem (20m) de Léger. Disponível em:<https://gpaq.com.br/wp-content/uploads/2013/11/Manual-L%C3%A9ger-Modificado-v2.pdf e acesso em: 20/07/2023.

Ortega F, Ruiz J, Castillo M, et al. Physical fitness in childhood and adolescence: a powerful marker of health. Int J Obes. 2008;32(1):1–11. doi: https://doi.org/10.1038/sj.ijo.0803774. DOI: https://doi.org/10.1038/sj.ijo.0803774

Bastos JP, Araujo CL, Hallal PC. Prevalence of insufficient physical activity and associated factors in Brazilian adolescents. J Phys Act Health. 2008;5(6):777–94. doi: https://doi.org/10.1123/jpah.5.6.777. DOI: https://doi.org/10.1123/jpah.5.6.777

Butte N, Watson K, Ridley K, Zakeri I, McMurray R, Pfeiffer K, et al. A Youth Compendium of Physical Activities: Activity Codes and Metabolic Intensities. Med Sci Sports Exerc. 2018;50(2):246–56. doi: https://doi.org/10.1249/MSS.0000000000001430. DOI: https://doi.org/10.1249/MSS.0000000000001430

Ramires VV, Dumith SC, Wehrmeister FC, Hallal PC, Menezes AM, Gonçalves H. Physical activity throughout adolescence and body composition at 18 years: 1993 Pelotas (Brazil) birth cohort study. Int J Behav Nutr Phys Act. 2016;13(1):105. doi: https://doi.org/10.1186/s12966-016-0430-6. DOI: https://doi.org/10.1186/s12966-016-0430-6

Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa - ABEP. Critério de Classificação Econômica, São Paulo, SP. 2012.

Tanner J. Growth at adolescence. 2 ed. Oxford: Blackwell Scientific Publications. 1962.

Slaughter MH, Lohman TG, Boileau RA, Horswill CA, Stillman RJ, Van Loan MD, et al. Skinfold equations for estimation of body fatness in children and youth. Hum Biol. 1988;60(5):709–23.

Santos M, Reis R, Rodriguez-Añez C, Fermino R. Desenvolvimento de um instrumento para avaliar barreiras para a prática de atividade física em adolescentes. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2009;14(2):76-85. doi: https://doi.org/10.12820/rbafs.v.14n2p76-85.

Luchese S. Avaliação cardíaca para atividade física e prática de esportes nas cardiopatias congênitas. Rev da Soc de Cardiol do Rio Grande do Sul - Ano XIII no 01 Jan/FevMar/Abr. 2004.

Léger LA, Lambert J. A maximal multistage 20-m shuttle run test to predict V02 max. Eur J Appl Physiol. 1982;49(1)1-12. doi: https://doi.org/10.1007/BF00428958. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00428958

Bull FC, Al-Ansari SS, Biddle S, Borodulin K, Buman MP, Cardon G, et al. World Health Organization 2020 guidelines on physical activity and sedentary behaviour. Br J Sports Med. 2020;54(24):1451-62. doi: https://doi.org/10.1136/bjsports-2020-102955. DOI: https://doi.org/10.1136/bjsports-2020-102955

Janssen I, LeBlanc A. Systematic review of the health benefits of physical activity and fitness in school-aged children and youth. Int J Behav Nutr Phys. 2010;7:40. doi: https://doi.org/10.1186/1479-5868-7-40. DOI: https://doi.org/10.1186/1479-5868-7-40

Cao M, Quan M, Zhuang J. Effect of High-Intensity Interval Training versus Moderate-Intensity Continuous Training on Cardiorespiratory Fitness in Children and Adolescents: A Meta-Analysis. Int J Environ Res Public Health. 2019;16(9):1533. doi: https://doi.org/10.3390/ijerph16091533. DOI: https://doi.org/10.3390/ijerph16091533

Grant JA, Joseph AN, Campagna PD. The Prediction of Vo2max: A Comparison of 7 Indirect Tests of Aerobic Power. J Strength Cond Res. 1999;13(4):346–52. doi: https://doi.org/10.1519/00124278-199911000-00008. DOI: https://doi.org/10.1519/1533-4287(1999)013<0346:TPOOMA>2.0.CO;2

Stickland MK, Petersen SR, Bouffard M. Prediction of Maximal Aerobic Power From the 20-m Multi-stage Shuttle Run Test. Can J Appl Physiol. 2003;28(2):272–82. doi: https://doi.org/10.1139/h03-021. DOI: https://doi.org/10.1139/h03-021

Batista MB, Cyrino ES, Milanez VF, Silva MJC e, Arruda M de, Ronque ERV. Estimativa do consumo máximo de oxigênio e análise de concordância entre medida direta e predita por diferentes testes de campo. Rev Bras Med Esporte. 2013;19(6):404–9. doi: https://doi.org/10.1590/S1517-86922013000600005. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-86922013000600005

Brawley L, Latimer A. Physical activity guides for Canadians: messaging strategies, realistic expectations for change, and evaluation. Can J Public Health. 2007;98(Suppl 2):S170-84. doi: https://doi.org/10.1139/H07-105. DOI: https://doi.org/10.1139/H07-105

Downloads

Publicado

2024-06-26

Como Citar

1.
Peixoto MB, Borges TT, Reichert FF. Associação entre prática de atividade física e aptidão cardiorrespiratória em adolescentes. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 26º de junho de 2024 [citado 2º de julho de 2024];29:1-9. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/15006

Edição

Seção

Artigos Originais