Questionário sobre fatores associados para o Aconselhamento para Atividade Física por Trabalhadores da Saúde: construção, validação e reprodutibilidade

Autores

  • João Miguel de Souza Neto Universidade Federal da Paraíba, Grupo de Estudos e Pesquisas em Epidemiologia da Atividade Física, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
  • Sanderson Soares da Silva Universidade Federal da Paraíba, Grupo de Estudos e Pesquisas em Epidemiologia da Atividade Física, João Pessoa, Paraíba, Brasil. Universidade de Pernambuco/Universidade Federal da Paraíba, Programa Associado de Pós-Graduação em Educação Física, João Pessoa, Paraíba, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6266-1566
  • José Cazuza de Farias Júnior Universidade Federal da Paraíba, Grupo de Estudos e Pesquisas em Epidemiologia da Atividade Física, João Pessoa, Paraíba, Brasil. Universidade de Pernambuco/Universidade Federal da Paraíba, Programa Associado de Pós-Graduação em Educação Física, João Pessoa, Paraíba, Brasil. Universidade Federal da Paraíba, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, João Pessoa, Paraíba, Brasil. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
  • Filipe Ferreira da Costa Universidade Federal da Paraíba, Grupo de Estudos e Pesquisas em Epidemiologia da Atividade Física, João Pessoa, Paraíba, Brasil. Universidade de Pernambuco/Universidade Federal da Paraíba, Programa Associado de Pós-Graduação em Educação Física, João Pessoa, Paraíba, Brasil. Universidade Federal da Paraíba, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, João Pessoa, Paraíba, Brasil. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-3632-9310

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.27e0241

Palavras-chave:

Aconselhamento, Atividade motora, Estudo de validação, Trabalhador da saúde

Resumo

O objetivo deste estudo é descrever o desenvolvimento, validação e reprodutibilidade de um questionário para mensurar fatores associados à prática do aconselhamento para atividade física por trabalhadores de saúde. O desenvolvimento do questionário foi realizado em quatro etapas: construção da matriz analítica; validação de face; estudo piloto; estudo de reprodutibilidade. A primeira etapa resultou numa matriz analítica com dez módulos com um total de 47 questões. Na segunda etapa, 21 brasileiros especialistas em diferentes áreas opinaram sobre a apresentação, clareza e adequação de cada item. Na terceira etapa, foi realizado o estudo piloto com 20 profissionais (médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde) da Estratégia de Saúde da Família de João Pessoa-PB. Por fim, uma amostra de 53 trabalhadores participou do estudo de reprodutibilidade. A versão final do questionário foi composta de 53 questões distribuídas em dez módulos. Foi encontrado um índice de validade geral de 0,90, variando de 0,81 a 0,95 nos módulos. A clareza e adequação da escala demonstraram valores médios de 0,93 (variando entre 0,87 e 0,96) e 0,95 (variando entre 0,91 e 0,98), respectivamente. Oito dos dez módulos apresentaram todos os itens com valores de reprodutibilidade acima de 0,60 (kappa). O questionário apresentou validade satisfatória e reprodutibilidade adequada, recomendando a sua utilização em estudos que visam avaliar a prática de aconselhamento de atividade física e outras práticas de promoção da saúde por trabalhadores de saúde da atenção primaria à saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n° 2.488. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Diário Oficial da União, Ministério da Saúde, Brasília, 2006.

Gomes MA, Silva MFD. Efetividade de uma intervenção de atividade física em adultos atendidos pela estratégia saúde da família: Programa Ação e Saúde Floripa-BRASIL. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2008;13(1):44-56.

Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde: revisão da Portaria MS/GM n° 687, de 30 de março de 2006. Brasília, 2015.

Brasil. Ministério da Saúde. Aconselhamento em DST, HIV e Aids: Diretrizes e Procedimentos Básicos. Coordenação Nacional de DST e Aids. Brasília:1997.

Florindo AA, Andrade DR. Experiências de promoção da atividade física na estratégia de saúde da família. Florianópolis: Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde; 2015. p. 247.

Duro SMS, Tomasi E, Siqueira FV, Silveira DS, Thumé E, Facchini LA. Adult physical activity counseling by health professionals in Brazil: a national urban population survey. J Phys Act Health. 2015;12(8):1177-83.

Siqueira FV, Nahas MV, Facchini LA, Silveira DS, Piccini RX, Tomasi E, et al. Aconselhamento para a prática de atividade física como estratégia de educação à saúde. Cad Saúde Pública. 2009;25:203-13.

Huijg JM, Gebhardt WA, Verheijden MW, Zouwe N, Vries JD, Middelkoop BJ, et al. Factors influencing primary health care professionals’ physical activity promotion behaviors: a systematic review. Int J Behav Med. 2015;22(1):32-50.

Tulloch H, Fortier M, Hogg W. Physical activity counseling in primary care: who has and who should be counseling? Patient Educ Couns. 2006;64(1-3):6-20.

Hébert ET, Caughy MO, Shuval K. Primary care providers' perceptions of physical activity counselling in a clinical setting: a systematic review. Br J Sports Med. 2012; 46(9):625-31.

Bock C, Diehm C, Schneider S. Physical activity promotion in primary health care: Results from a German physician survey. Eur J Gen Pract. 2012;18:2,86-91.

Burns KJ, Camaione DN, Chatterton CT. Prescription of physical activity by adult nurse practitionrs: a national survey. Nurs Outlook. 2000;48(1):28-33.

Omura JD, Bellissimo MP, Watson KB, Loustalot F, Fulton JE, Carlson SA. Primary care providers' physical activity counseling and referral practices and barriers for cardiovascular disease prevention. Prev Med. 2018; 108:115-22.

Florindo AA, Mielke GI, Oliveira GAG, Ramos LR, Bracco MM, Parra DC, et al. Physical activity counseling in primary health care in Brazil: a national study on prevalence and associated factors. BMC Public Health. 2013;13(1):794.

Benight CC, Bandura A. Social cognitive theory of posttraumatic recovery: The role of perceived self-efficacy. Behav Res Ther. 2004;42(10):1129-48.

Souza Neto JM, Brito GEG, Loch MR, Silva SS, Costa FF. Aconselhamento para atividade física na atenção primária à saúde: uma revisão integrativa. Rev Movimento. 2020; 26, p. e26075.

Landis JR, Koch GG. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics 1997;33(1):159-74.

Barros M, Lemos E, Silva J, Silva C, Fonseca S, Tassitano R. Avaliação dos programas e intervenções de promoção da atividade física na atenção básica à saúde de Pernambuco: construção, validação de instrumentos e método de trabalho de campo do Projeto SUS+ Ativo. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2016;21(5):388-99.

Tilden VP, Nelson CA, May BA. Use of qualitative methods to enhance content validity. Nurs Res. 1990;39(3):172-5.

Topf M. Three estimates of interrater reliability for nominal data. Nurs Res. 1986; 35(4):253-5.

Eccles M, Grimshaw J, Walker A, Johnston M, Pitts N. Changing the behavior of healthcare professionals: the use of theory in promoting the uptake of research findings. J Clin Epidemiol. 2005;58(2):107-12.

Durand T. The alchemy of competence. Strategic Flexibility, New York: Wiley. 1998:303-330.

Nascimento JV. Escala de auto-percepção de competência profissional em Educação Física e desportos. Rev Paul Educ Fís. 1999;13(1):5-21.

Santos T, Guerra P, Andrade D, Florindo A. Práticas pessoais e profissionais de promoção da atividade física em agentes comunitários de saúde. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2015;20(2):165-73.

Florindo AA, Brownson RC, Mielke GI, Gomes GA, Parra DC, Siqueira FV, et al. Association of knowledge, preventive counseling and personal health behaviors on physical activity and consumption of fruits or vegetables in community health workers. BMC Public Health. 2015;15(1):344.

Lobelo F, Quevedo IG. The evidence in support of physicians and health care providers as physical activity role models. Am J Lifestyle Med. 2016;10(1):36-52.

Stralen ACSV, Massote AW, Carvalho CL, Girardi SN. Percepção de médicos sobre fatores de atração e fixação em áreas remotas e desassistidas: rotas da escassez. Physis (Rio J.). 2017;27:147-72.

Patra L, Mini G, Mathews E, Thankappan K. Doctors’ self-reported physical activity, their counselling practices and their correlates in urban Trivandrum, South India: should a full-service doctor be a physically active doctor? Br J Sports Med. 2015;49(6):413-16.

Downloads

Publicado

2022-02-11

Como Citar

1.
de Souza Neto JM, Silva SS da, Farias Júnior JC de, Costa FF da. Questionário sobre fatores associados para o Aconselhamento para Atividade Física por Trabalhadores da Saúde: construção, validação e reprodutibilidade. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 11º de fevereiro de 2022 [citado 29º de março de 2024];27:1-8. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/14750

Edição

Seção

Artigos Originais