A estratégia LET US Play aumenta a atividade física de crianças nas aulas de educação física escolar
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.26e0238Palavras-chave:
Educação física, Atividade física, Jogos e brincadeiras, Pedometria, Dispositivo móvelResumo
O estudo objetivou comparar duas estratégias (Tradicional x LET US Play) com o intuito de aumentar o número de passos (NP) durante as aulas de educação física escolar de crianças. Trata-se de um ensaio clínico randomizado cruzado (cross over), realizado em uma escola municipal de Cuiabá, Mato Grosso. Foram aplicadas 10 aulas à 25 crianças (11 meninos e 14 meninas) do 4º ano do Ensino Fundamental. Dividida em dois momentos de 15 minutos (monitorados), com um espaço de 10 minutos entre eles para hidratação (não monitorados), a aula consistia na aplicação das atividades (estafeta, base quatro, futsal, queimada e empresta bandeira) usando a estratégia Tradicional ou LET US Play, de forma alternada e aleatória. Ao final de cada atividade, o NP foi medido por meio da pulseira inteligente Xiaomi Mi band 2. Utilizou ANOVA One Way para analisar o NP entre as estratégias, estratificada por sexo, com grau de significância de 5%. Observou-se que, o NP dados pelas crianças na intervenção LET US Play foi superior ao Tradicional em todas as atividades (estafeta, base quatro, futsal, queimada, empresta bandeira), tanto em meninos quanto em meninas, independentemente da ordem de aplicação (p < 0,01). Conclui-se que o LET US Play aumentou o NP das crianças durante as aulas de educação física e pode ser uma estratégia interessante para maximizar a atividade física nesse público.
Downloads
Referências
Moreira RB. Níveis de atividade física nas aulas de educação física [tese de doutorado]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2014.
Hallal PC, Cesar GV, Mario RA, Jonathan CKW. Adolescent physical activity and health: a systematic review. Sports Med. 2006;36(12):1019-30.
Telama R. Tracking of physical activity from childhood to adulthood: a review. Obes Facts. 2009;3:187-95.
Cooper AR, Goodman A, Page AS, Sherar LB, Esliger DW, Sluijs EMF, et al. Objectively measured physical activity and sedentary time in youth: the international children´s accelerometry database (ICAD). Int J BehavNutrPhy. 2015;12(113):1-10.
Filho VCB, Costa RM, Knebel MTG, Oliveira BN, Silva CBA, Silva KS. The prevalence of global physical activity among Young people: a systematic review for the report card Brazil 2018. Rev Bras Cineantropom Hum. 2018;20(4):367-87.
Kwon S, Kathleen FJ. Tracking of accelerometry-measured physical activity during childhood: ICAD pooled analysis. Int J Behav Nutr Phy. 2012;9(68):1-8.
Beets MW, Okely A, Weaver RG, Webster C, Lubans D, Brusseau T, et al. The theory of expanded, extended, and enhanced opportunities for youth physical activity promotion. Int J Behav Nutr Phy. 2016;13(120):1-15.
Turdor-Loke C, Lee SM, Morgan CF, Beighle A, Pangarazi RP. Morgan CF, Pangarazi RP, Beighle A. Children’s pedometer-determined physical activity during the segmented school day. Med Sci Sports Exerc. 2006;38(10):1732-8.
Soares CAM, Hallal PC. Interdependência entre a participação em aulas de Educação Física e níveis de atividade física de jovens brasileiros: estudo ecológico. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2015;20(6):588-90.
Carlson JA, Sallis JF, Chriqui JF, Schneider L, Mcdermid LC, Agron P. State policies about physical activity minutes in physical education or during school. J Sch Health. 2013;83(3):150-6.
IBOPE. Relatório de pesquisa Educação Física nas escolas públicas brasileiras: 2012. São Paulo: IBOPE; 2012 [citado em 2020 jul 07]. Disponível em: http://cev.org.br/arquivo/biblioteca/educacao-fisica-nas-escolas-publicas-brasileiras-relatorio-pesquisa.pdf.
UNESCO. Diretrizes em educação física de qualidade (EFQ) para gestores de politica: 2015. Brasília: UNESCO. [citado em 2020 set 1]. Disponível em: http://unescoittralee.com/wp-content/uploads/2017/11/QPE-for-policy-makers-Portuguese.pdf.
IBGE. Pesquisa nacional de saúde escolar: 2015. Rio de Janeiro: IBGE; 2016. [citado em 2020 set 01]. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv97870.pdf.
SBP. Promoção da atividade física na infância e adolescência: 2017. Rio de Janeiro: SBP; 2017. [citado em 2020 set 01]. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/19890e-MO-Promo_AtivFisica_na_Inf_e_Adoles-2.pdf.
Weaver RG, Webster C, Beets MW. Let us play: maximizing physical activity in physical education. Strategies. 2013;26(6):33-7.
Ravagnani FCP, Alexandre MG, Ravagnani CFC, Brazendale K, Weaver R, Beets M. Usando os princípios let us play para maximizar a atividade física em aulas de educação física. Thema. 2018;15(4):1493-98.
Ickes MJ, Erwin H, Beighle A. Systematic review of recess interventions to increase physical activity. J Phys Act Health. 2013;10:910-26.
Brazendale K, Chandler JL, Beets MW, Weaver RG, Beighle A, Huberty JL, et al. Maximizing children’s physical activity using the let us play principles. PM. 2015;76:14-9.
Souza EA, Barbosa Filho VC, Nogueira JAD, Azevedo MR. Atividade física e alimentação saudável em escolares brasileiros: revisão de programas de intervenção. Cad de Saúde Pública.2011;27(8):1459-71.
World Health Organization (WHO). Adolescent obesity and related behaviours : Observations from the Health Behaviour. World Health Organization Regional Office For Europe; 2017. [Citado em 2020 jul 07]. Disponível em: https://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0019/339211/WHO_ObesityReport_2017_v3.pdf?ua=1.
Xie J, Wen D, Liang L, Jia Y, Gao L, Lei J. Evaluating the validity of current mainstream wearable devices in fitness tracking under various physical activities: Comparative study. JMIR. 2018;6(4):1-21.
Scruggs PW. Quantifyng physical activity in physical education via pedometry: a further analysis of steps/min guidelines. J Phys Act Health. 2013; 10; 734-41.
Lisa M, Gopu N, Howson N. Desenhado para o movimento. São Paulo: Nike do Brasil, 2013.
Coelho CF, Burini RC. Atividade física para prevenção e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis e da incapacidade funcional. Rev Nutr. 2009;22(6):937-46.
Uchoga LAR, Altman H. Educação física escolar e relações de gênero: diferentes modos de participar e arriscar-se nos conteúdos de aula. Ver BrasCiên Esporte. 2016;38(2):163-70.
Sirard JR, Pfeiffer KA, Pate RR. Motivational factors associed with sports program participation in middle school students. J Adolec Health. 2006;38(6):696-703.
Casey MM, Elime RM, Payne WR, Harvey JT. Using a socioecological approach to examine participation in sport and physical activity among rural adolescent girls. Qual Health Res. 2009;19(7):881-93.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Igor Joaquim Oliveira Silva, Christianne de Faria Coelho-Ravagnani, Maria Cecilia Marinho Tenório, Rafael Miranda Tassitano, Fabricio Cesar de Paula Ravagnani
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao submeter um manuscrito à Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, os autores mantêm a titularidade dos direitos autorais sobre o artigo, e autorizam a Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde a publicar esse manuscrito sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 e identificá-la como veículo de sua publicação original.