Ciências da atividade física como protagonista de uma agenda multisetorial de pesquisa e advocacy na promoção da mobilidade ativa
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.26e0189Palavras-chave:
Cidades, Mobilidade urbana, Atividade física e saúdeResumo
No epicentro da pandemia, as cidades enfrentam desafios econômicos e na saúde. Para lidar com a crise e reduzir os riscos de infecção nos transportes coletivos, o uso de transportes ativos passou a receber atenção de governos locais. Adotando como referencial o conceito de “Saúde em Todas as Políticas”, o presente ensaio teórico teve como objetivo discutir oportunidades causadas pela pandemia da COVID-19, considerando as relações entre o uso de transportes ativos e seus impactos sobre a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, a mobilidade urbana e o meio-ambiente. Dentro deste contexto, destacamos a importância de se mensurar as influências e externalidades da indústria automotiva, caracterizando-a como um ator a ser enfrentado nas políticas de promoção da saúde e mobilidade ativa. Neste sentido, acreditamos que as Ciências da Atividade Física podem exercer um protagonismo na formação de uma agenda multisetorial de pesquisa e advocacy, que objetivem reorientar os sistemas de transporte, de desenho urbano e de uso do solo.
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