Efetividade de uma intervenção na promoção de estilo de vida de servidores públicos

Autores

  • Paulo Vitor de Souza Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Educação Física, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1962-4644
  • Camila Tomicki Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Educação Física, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-3784-1570
  • Lisandra Maria Konrad Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Educação Física, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-8863-4862
  • Paula Fabricio Sandreshi Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Educação Física, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6487-2359
  • Cezar Grontowski Ribeiro Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Educação Física, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Instituto Federal do Paraná, Departamento de Educação Física, Palmas, Paraná, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0640-3110
  • Elaine Cristina Maciel Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Educação Física, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0936-2473
  • Cassiano Ricardo Rech Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Educação Física, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9647-3448
  • Tânia Rosane Bertoldo Benedetti Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Educação Física, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2035-5082

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.25e0135

Palavras-chave:

Saúde do trabalhador, Promoção da saúde, Atividade motora, Dieta saudável, Educação em saúde

Resumo

Este estudo teve por objetivo avaliar o alcance e a efetividade do programa de mudança de comportamento denominado “Vida Ativa Melhorando a Saúde” – VAMOS (versão 2.0) em servidores públicos técnico-administrativos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Trata-se de um estudo de intervenção, do tipo quase experimental, realizado com 35 servidores divididos em grupo intervenção (GI = 22) e controle (GC = 13). O GI participou durante seis meses da intervenção VAMOS e o GC recebeu informações em um único momento sobre a importância de comportamentos saudáveis. O alcance e a efetividade da intervenção foram avaliados por meio da ferramenta RE-AIM. Foram realizadas medidas de pré e pós-intervenção para avaliar o nível de atividade física, o comportamento alimentar, a antropometria e a qualidade de vida. Para a análise dos dados foi utilizado o teste qui-quadrado, análise de variância two way para medidas repetidas e método de equações de estimações generalizadas (p < 0,05). As análises dos dados foram realizadas no programa IBM® versão 22.0. O alcance da intervenção foi de 14,5%. Em relação a efetividade, o GI diminuiu o tempo gasto em comportamento sedentário e aumentou a atividade física de intensidade moderada/vigorosa, elevou o consumo de alimentos saudáveis, reduziu as medidas antropométricas e melhorou a percepção da qualidade de vida positiva. Por meio de orientações educacionais sobre a importância da adesão de comportamentos saudáveis relacionados a atividade física e alimentação, o VAMOS promoveu mudanças de comportamentos que produziram impactos positivos na saúde dos servidores públicos técnico-administrativos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paulo Vitor de Souza, Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Educação Física, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

Possui graduação em Educação Física - Bacharelado pela Universidade Federal de Santa Catarina (2020). Tem experiência na área da atividade física relacionada à saúde, atuando principalmente com os seguintes temas: saúde pública, promoção da saúde, programas e promoção da atividade física no SUS. Durante a faculdade teve diversas expêriencias dentre elas, foi: bolsista de extensão, bolsista de Iniciação Cientifica e bolsista de monitoria.

Referências

Harris RE. Epidemiology of Chronic Disease: global perspectives. 2 ed. Jones & Bartlet Learning, 2019.

Nilson EAF, Andrade RDCS, de Brito DA, de Oliveira ML. Custos atribuíveis a obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018. Rev Panam Salud Publica. 2020;44:e32.

Ogata AJN. Promoção da Saúde no Ambiente de Trabalho. Rev Bras Med Trab. 2018;16(Suppl1):1-44.

Global Commission on the Future of Work. International Labour Organization. Work for a brighter future. Geneva: ILO, 2019. 78 p.

Santi DB, Barbieri AR, Cheade MFM. Absenteísmo-doença no serviço público brasileiro: uma revisão integrativa da literatura. Rev Bras Med Trab. 2018;16(1):71-81.

Santa-Marinha MS, Teixeira LR, Maciel EMGS, Moreira MFR. Perfil epidemiológico do absenteísmo-doença na Fundação Oswaldo Cruz no período de 2012 a 2016. Rev Bras Med Trab. 2018;16(4):457-65.

Berria J, Petroski Edio L, Minatto G. Excesso de peso, obesidade abdominal e fatores associados em servidores de uma Universidade Federal Brasileira. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2013;15(5):535-50.

Gonçalves ECA, Silva DAS, Nunes HEG, Lima TR, Capdeboscq MC, Rinaldi W. Overweight and factors associated in civil servants from Southern Brazil. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2016;18(3):277-86.

Biswas A, Oh PI, Faulkner G, Bajaj R, Silver M, Mitchell M et al. Sedentary Time and Its Association with Risk for Disease Incidence, Mortality, and Hospitalization in Adults. Ann Intern Med. 2015;162(2):123-32.

Azevedo ECC, Dias FMRS, Diniz AS, Cabral PC. Consumo alimentar de risco e proteção para as doenças crônicas não transmissíveis e sua associação com a gordura corporal: um estudo com funcionários da área de saúde de uma universidade pública de Recife (PE), Brasil. Ciênc Saúde Coletiva. 2014;19(5):1613-22.

Mendes NCF, Matias-Pereira J. Absenteísmo E Contabilidade Pública: Um Estudo Teórico. Revista Eletrônica De Estratégia & Negócios. 2000;13,156-83.

Benedetti T, Manta S, Gomez L, Rech C. Logical model of a behavior change program for community intervention – Active Life Improving Health – VAMOS. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2017;22(3):309-13.

Borges RA, Tomicki C, Almeida FA, Schwingel A, Chodzko-Zajko W, Benedetti TRB. Alcance do programa “VAMOS” na atenção básica-barreiras e facilitadores organizacionais. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2019;22(3):e180225.

Almeida F, Brito F, Estabrooks P. Modelo RE-AIM: Tradução e Adaptação cultural para o Brasil. Rev Fam Ciclos Vida E Saúde No Contexto Soc. 2013;1(1):6-16.

Choi L, Liu Z, Matthews C, Buchowski M. Validation of Accelerometer Wear and Nonwear Time Classification Algorithm. Med Sci Sports Exerc. 2011;43(2):357-64.

Freedson P, Melanson E, Sirard J. Calibration of the Computer Science and Applications, Inc. accelerometer. Med Sci Sports Exerc. 1998;30(5):777-81.

Silva MC, Ribeiro CG, Benedetti TRB. VAMOS program: instruments for measuring physical activity, feeding and anthropometry. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2020;22:e58256.

World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Geneva: WHO; 1998.

Fleck MPA, Louzada S, Xavier M, Chamovich E, Vieira G, Santos L et al. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida "WHOQOL-bref". Rev Saúde Pública. 2000;34(2),178-83.

Gerage AM, Benedetti TRB, Ritti-Dias RM, Dos Santos ACO, Souza BCC, Almeida FA. Effectiveness of a behavior change program on physical activity and eating habits in patients with hypertension: A randomized controlled trial. J Phys Act Health. 2017;14(12):943-52.

Meurer ST, Lopes ACS, Almeida FA, Mendonça RDD, Benedetti TRB. Effectiveness of the VAMOS Strategy for Increasing Physical Activity and Healthy Dietary Habits: a randomized controlled community trial. Health Educ. Behav. 2019;46(3):406-16.

Konrad LM, Tomicki C, Ribeiro CG, Bezerra JB, Maciel EC, Rech CR et. al. Length of stay in a behavior change program in Primary Health Care: “VAMOS” Program. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2019;24:e0090.

Costa MAP, Vasconcelos AGG, Fonseca MJM. Prevalência de obesidade, excesso de peso e obesidade abdominal e associação com prática de atividade física em uma universidade federal. Rev Bras Epidemiol. 2014;17(2):421-36.

Ku PW, Hamer M, Liao Y, Hsueh MC, Chen LJ. Device‐measured light‐intensity physical activity and mortality: A meta‐analysis. Scand J Med Sci Sports, 2019;30(1),13-24.

Organização Mundial da Saúde. Global recommendations on physical activity for health. Genebra: OMS, 2010.

Sarkar S, Taylor WC, Lai D, Shegog R, Paxton RJ. Social support for physical activity: Comparison of family, friends, and coworkers. Work. 2016;55(4):893‐99.

Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Guia Alimentar para a População Brasileira. Brasília, Brasil: Ministério da Saúde; 2014.

Cembranel F, Hallal ALC, González-Chica DA, d’Orsi E. Relação entre consumo alimentar de vitaminas e minerais, índice de massa corporal e circunferência da cintura: um estudo de base populacional com adultos no Sul do Brasil. Cad. saúde pública. 2017;33:e00136616.

Tomicki C, Gerage AM, Ritti-Dias RM, Silva DAS, Benedetti TRB. Diagnostic property of anthropometric indicators in the prediction of high body fat estimated by DXA in hypertensive women. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2017;19(3),299-308.

Van der Starre RE, Coffeng JK, Hendriksen IJ, van Mechelen W, Boot CR. Associations between overweight, obesity, health measures and need for recovery in office employees: a cross-sectional analysis. BMC Public Health. 2013;13(1),1-8.

Downloads

Publicado

2020-11-09

Como Citar

1.
Souza PV de, Tomicki C, Konrad LM, Sandreshi PF, Ribeiro CG, Maciel EC, et al. Efetividade de uma intervenção na promoção de estilo de vida de servidores públicos. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 9º de novembro de 2020 [citado 21º de dezembro de 2024];25:1-9. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/14298

Edição

Seção

Artigos Originais