Health Academy Program and physical activity levels in Brazilian state capitals
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.25e0133Palavras-chave:
Public health practice, Physical activity, Health promotion, Primary health care, EvaluationResumo
O objetivo deste estudo foi analisar o efeito de um programa de atividade física de base comunitária, o Programa Academia da Saúde (PAS), no nível de atividade física durante o lazer (AFDL) da população residente nas capitais brasileiras. Reunimos dados individuais do sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) entre 2006 e 2016 e estimamos os odds ratios de acordo com níveis de exposição ao programa usando uma regressão logística multinível. A amostra total foi composta por 572.437 indivíduos. No modelo inicial, as chances de se atingir níveis suficientes de AFDL foram 1,20 (95%IC: 1,16-1,25) vezes maior entre os indivíduos expostos desde 2011. Nas análises ajustadas por ano, sexo, idade e escolaridade, essa probabilidade foi apenas 1,04 (95%IC: 1,00-1,08) vezes maior entre indivíduos expostos. As chances de se atingir níveis de AFDL suficiente foram 1,09 (95%IC: 1,04-1,15) vezes maior entre as mulheres expostas desde 2011 em comparação ao grupo controle de mulheres não expostas. Nenhum outro resultado estatisticamente significativo foi encontrado. Concluímos que o PAS não pode afetar substancialmente populações inteiras. No entanto, é possível visualizar influência positiva em subgrupos específicos, apontando para o seu potencial em reduzir a desigualdade de gênero em relação a prática de AFDL. Recomendamos intervenções mais personalizadas antes de escalonar indistintamente o programa, bem como sugerimos um melhor monitoramento para avaliações em larga escala.
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