Prevalence of excessive screen time and correlates factors in Brazilian schoolchildren

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.23e0003

Palavras-chave:

Child, Adolescent, School health, Lifestyle, Sedentary behavior

Resumo

O objetivo do estudo foi identificar a exposição ao tempo de tela excessivo, mediante o uso de TV e de outros dispositivos de tela, incluindo computador, videogame, tablet e smartphone, e analisar correlatos demográficos, comportamentais e antropométricos associados. Trata-se de estudo epidemiológico transversal de base escolar, com aproximadamente 17 mil escolares de 4 a 20 anos que participaram do Projeto Paraná Saudável em 2014. Foram realizadas medidas antropométricas e aplicado questionário com questões estruturadas para levantar as informações. Tempo de tela excessivo foi definido pelo uso combinado de TV e outros dispositivos de tela por tempo > 2 horas/dia. Os dados foram tratados estatisticamente mediante análise bivariada e regressão múltipla hierarquizada. Prevalência global de tempo de tela excessivo foi de 70,4% (IC95%: 68,1–72,9). Análise multivariada apontou associação significativa entre tempo de tela excessivo e idade (OR = 1,92; IC95%: 1,60–2,33), classe econômica (OR = 2,48; IC95%: 1,99–3,17), escolaridade materna (OR = 1,98; 95%CI: 1,57–2,68), área de moradia (OR = 1.26; IC95%: 1.04–1.56) e urbanização (OR = 2,94; IC95%: 2,41–3,75). Entre fatores comportamentais, menor prática de atividade física (OR = 1,42; IC95%: 1,25–1,85), baixo consumo de frutas/hortaliças (OR = 2,89; IC95%: 2,25–3,70), elevado consumo de produtos açucarados/refrigerantes (OR = 2,07; IC95%: 1,63–2,70) e menos horas de sono (OR = 2,01; IC95%: 1,60–2,62) se mostraram independentemente associados ao tempo de tela excessivo. Da mesma forma, excesso de peso corporal (OR = 1,81; IC95%: 1,35–2,51) e gordura abdominal (OR = 2,01; IC95%: 1,62–2,73) apresentaram associações significativas com o desfecho. Concluindo, achados do estudo sugerem que políticas e intervenções destinadas aos programas de educação em saúde nos contextos escolar e familiar devam incluir componentes que se concentram na redução do tempo de tela excessivo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Dartagnan Pinto Guedes, University of Northern Parana, Londrina, Parana, Brazil.

Possui graduação em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina (1974), mestrado em Ciência do Movimento Humano pela Universidade Federal de Santa Maria (1984), doutorado em Educação Física pela Universidade de São Paulo (1994) e pós-doutorado em Condição Física e Saúde pela Universidade Técnica de Lisboa, Portugal (1997). Professor-Associado aposentado do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina, Paraná (1980-2011). Atualmente é professor-titular do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR). Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Atividade Física Relacionada à Saúde, criado em 1994, atendendo 3 linhas de pesquisa: (a) comportamento de risco para a saúde; (b) exercício físico para promoção/conservação da saúde; e (c) programas de ensino no campo da educação física. Desde 1998, é bolsista Produtividade em Pesquisa pelo CNPq. Exerce a função de revisor e possui artigos publicados em periódicos científicos de impacto nacional e internacional. É autor de livros em sua área de atuação e assessor científico no desenvolvimento de softwares direcionados à avaliação/prescrição de exercício físico.

 

Referências

1. Sedentary Behaviour Research Network. Letter to the Editor: standardized use of the terms “sedentary” and “sedentary behaviours”. Appl Physiol Nutr Metab. 2012;37:540–42.
2. Temmel CSD, Rhodes R. Correlates of Sedentary Behaviour in Children and Adolescents Aged 7–18: A Systematic Review. Health Fit J Can. 2013;6:119–99.
3. Biddle SJ, Pearson N, Ross GM, Braithwaite R. Tracking of sedentary behaviours of young people: a systematic review. Prev Med. 2010;51:345-51.
4. Cillero IH, Jago R. Systematic review of correlates of screenviewing among young children. Prev Med. 2010;51:3-10.
5. Herman KM, Hopman WM, Sabiston CM. Physical activity, screen time and self-rated health and mental health in Canadian adolescents. Prev Med. 2015;73C:112–6.
6. Hale L, Guan S. Screen time and sleep among school-aged children and adolescents: a systematic literature review. Sleep Med Rev. 2015;21:50-8.
7. American Academy of Pediatrics; Council on Communications and Media. Children, adolescents, obesity, and the media. Pedriatrics. 2011;128:201-8.
8. Mark AE, Boyce WF, Janssen I. Television viewing, computer use and total screen time in Canadian youth. Paediatr Child Health 2006; 11(9):595-9.
9. Inchley J, Currie C, Young T, Samda IO, Torsheim T, Augustson L et al. Growing up unequal: gender and socioeconomic differences in young people’s health and well-being. Health Behaviour in School-Aged Children (HBSC) Study: International Report from the 2013/2014 Survey. Health Policy for Children and Adolescents. No. 7. Copenhagen, Denmark: WHO Regional Office for Europe. 2016. p.1-292.
10. Janssen I, Medina C, Pedroza A, Barquera S. Screen time in Mexican children: findings from the 2012 National Health and Nutrition Survey (ENSANUT 2012). Salud Publica Mex. 2013;55:484-91.
11. Barbosa Filho VC, Campos W, Lopes AS. Epidemiology of physical inactivity, sedentary behaviors, and unhealthy eating habits among Brazilian adolescents: a systematic review. Cien Saude Colet. 2014;19:173-93.
12. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. PeNSE/2015. Rio de Janeiro: Coordenação de População e Indicadores Sociais/ IBGE. 2016.
13. van Sluijs EM, Kriemler S, McMinn AM. The effect of community and family interventions on young people’s physical activity levels: a review of reviews and updated systematic review. Br J Sports Med. 2011;45:914–22.
14. Tenório M, Barros M, Tassitano R, Bezerra J, Tenório J, Hallal P. Atividade física e comportamento sedentário em adolescentes estudantes do ensino médio. Rev Bras Epidemiol. 2010;13:105-17.
15. Silva KS, Nahas MV, Peres KG, Lopes AS. Fatores associados à atividade física, comportamento sedentário e participação na Educação Física em estudantes do Ensino Médio em Santa Catarina, Brasil. Cad Saude Publica. 2009;25(10):2187-200.
16. World Health Organization – WHO. Physical Status: e Use and Interpretation of Anthropometry. Report of a WHO Expert Committee. WHO – Technical Report Series, v. 854, p.1-452. 1995.
17. Cole TJ, Lobstein T. Extended international (IOTF) body mass index cut-offs for thinness, overweight and obesity. Pediatr Obes. 2012;7:284-94.
18. Bauer KW, Marcus MD, El Ghormli L, Ogden CL, Foster GD. Cardio-metabolic risk screening among adolescents: understanding the utility of body mass index, waist circumference and waist to height ratio. Pediatr Obes. 2015;10(5):329-37.
19. Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa – ABEP. Critério de Classificação Econômica Brasil. São Paulo: Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. 2014.
20. Guedes DP, Lopes CC. Validation of the Brazilian version of the 2007 Youth Risk Behavior Survey. Rev Saude Publica. 2010; 44(5):840-50.
21. Guedes DP, Guedes JERP. Measuring physical activity in Brazilian youth: reproducibility and validity of the PAQ-C and PAQ-A. Rev Bras Med Esporte. 2015;21(6):425-32.
22. Kann L, McManus T, Harris WA, Shanklin SL, Flint KH, Hawkins J et al. Youth Risk Behavior Surveillance — United States, 2015. MMWR. 2016; 65(4).
23. Gómez LF, Lucumí DI, Parra DC, Lobelo F. Niveles de urbanización, uso de televisión y video-juegos en niños colombianos: Posibles implicaciones en salud pública. Rev Salud Pública. 2008;10(4):505-16.
24. Carson V, Janssen I. Neighborhood disorder and screen time among 10-16 year old Canadian youth: a cross-sectional study. Int J Behav Nutr Phys Act. 2012;9:66.
25. Pearson N, Braithwaite ER, Biddle SJ, Van Sluijs EM, Atkin AJ. Associations between sedentary behaviour and physical activity in children and adolescents: a meta-analysis. Obes Rev. 2014;15:666-75.
26. Biddle SJ, Petrolini I, Pearson N. Interventions designed to reduce sedentary behaviours in young people: a review of reviews. Br J Sports Med. 2014;48:182-6.
27. Temple JL, Giacomelli AM, Kent KM, et al. Television watching increases motivated responding for food and energy intake in children. Am J Clin Nutr. 2007;85:355–61.
28. Marsh S, Ni Mhurchu C, Maddison R. e non-advertising effects of screen-based sedentary activities on acute eating behaviours in children, adolescents, and young adults. A systematic review. Appetite. 2013;71:259–73.
29. Dewald JF, Meijer AM, Oort FJ, Kerkhof GA, Bögels SM. The influence of sleep quality, sleep duration and sleepiness on school performance in children and adolescents: a meta- analytic review. Sleep Med Rev. 2010;14:179–89.
30. Dube N, Khan K, Loehr S, Chu Y, Veugelers P. The use of entertainment and communication technologies before sleep could affect sleep and weight status: a population-based study among children. Int J Behav Nutr Phys Act. 2017;14(1):97.

Downloads

Publicado

2018-08-14

Como Citar

1.
Guedes DP, Desiderá RA, Gonçalves HR. Prevalence of excessive screen time and correlates factors in Brazilian schoolchildren. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 14º de agosto de 2018 [citado 28º de março de 2024];23:1-10. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/11981

Edição

Seção

Artigos Originais