Nível de atividade física, indicadores clínicos e qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV/AIDS
DOI:
https://doi.org/10.12820/rbafs.v.19n6p711Palavras-chave:
AIDS, Atividade Física, Saúde, Qualidade de VidaResumo
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), transmitida pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), é uma doença crônica com expectativa de vida cada vez mais ampliada para estas pessoas. A atividade física apresenta-se como uma ferramenta terapêutica na manutenção e melhora da saúde e da qualidade de vida da população vivendo com HIV/AIDS. No entanto, pouco se sabe acerca da influência da atividade física na saúde e na qualidade de vida desses indivíduos. Nesse sentido o objetivo do presente estudo foi associar o nível de atividade física, indicadores clínicos e qualidade de vida em pessoas vivendo com HIV/AIDS na região central do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Para tanto, foram avaliados 72 indivíduos de ambos os sexos, quanto ao nível de atividade física, perfil socioeconômico, antropométrico, clínico e sua qualidade de vida. Como resultados, verificou-se que aproximadamente 72% da amostra era insuficientemente ativa fisicamente. O tempo de diagnóstico foi a única variável associada ao nível de atividade física (p = 0,04), com maior prevalência de fisicamente ativos (43,2%) entre os indivíduos com menor tempo de diagnóstico (≤ 84 meses). O domínio referente à função sexual foi o que apresentou maiores escores em todas as análises. Os indivíduos ativos fisicamente apresentaram maior escore (p = 0,015) apenas no domínio “preocupação com a medicação”. Em conclusão, o tempo de diagnóstico, a função sexual e a preocupação com a medicação foram os únicos itens que apresentaram associação com o nível de atividade física em pessoas vivendo com HIV/AIDS.